MDBF - um festival para celebrar o blues na serra gaúcha
Em sua nona edição o Mississipi Delta Blues Festival colocou a cidade de
Caxias do Sul no mapa dos grandes festivais de música da América Latina. A
estrutura instalada no Largo da Estação Férrea, no coração da maior cidade da
serra gaúcha, reuniu mais de dez mil pessoas nas três noites do evento realizado
na quinta-feira (24), sexta-feira (25) e sábado (26).
O público dança com os artistas que se apresentam no Magnolia Stage, tradicional espaço para as vozes femininas |
Annika Chambers cantou e encantou o público no
Magnolia Stage no sábado, último dia
do MDBF de 2016
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O show de Gonzalo Araya (Chile) & Los Colegas del Blues (RS). |
Bob Stronger
(de chapéu), numa das suas apresentações no Front Porch Stage. |
O
palco principal, nomeado Bottle Tree Stage, tev
e James Boogaloo Bolden (com o
trompete)
encerrando a sexta-feira.
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Outra grande atração do MDBF foi Tail Dragger (USA). |
Foram mais de oitenta apresentações
distribuídas em sete palcos. O espetáculo ficou por conta de JP Soars and The
Red Hots, Cedric Burnside Project, James “Boogaloo” Bolden, Bex Marshall, Tail
Dragger, Annika Chambers, Alamo Leal, e Michael Hardie. E ainda: Fernando Noronha & Black Soul, entre
outros.
Batizada
de “Bottle Trees Edition” reproduziu as “árvores de garrafa”, utilizadas pelos
afro-americanos do interior do Mississipi nas décadas iniciais do século XX. A
cena foi imortalizada pelo diretor de “Ray”, filme de 2004, inspirado na vida de
Ray Charles e interpretado por Jamie Foxx. Além de ornamentar o palco principal
as “árvores de garrafa” ilustraram toda a campanha deste evento.
O Bottle Tree Stage, palco principal do MDBF
foi o mais movimentado nos três dias. Foi o espaço de estreia dos principais
nomes internacionais e o lugar para vibrar com a banda Baia Toca Raul, que
interpretou clássicos do maior roqueiro brasileiro na quinta-feira. Mas o
destaque desta edição foi mesmo o Magnolia Stage, tradicional espaço para as
vozes femininas. No primeiro dia, a carioca Luiza Casé arrancou aplausos do
público cantando Amy Winehouse. O mesmo se deu com a britânica Bex Marshall, que
já havia se apresentado em 2014.
Os
outros dois dias ainda trouxeram os shows de Orianna Anderson e do trio Indiana
Nomma, Barbara Mendes e Alma Thomas. Para ouvir essas três vozes, cada uma no
seu estilo, uma hora foi pouco. No sábado, o Magnolia foi o palco de Annika
Chambers. Acompanhada do inconfundível guitarrista Igor Prado, a texana prendeu
a atenção de um grande público, com destaque para suas canções autorais.
Presença
marcante desde a edição de 2016, Bob Stronger esbanjou simpatia e elegância.
Natural do Missouri, o músico é um autêntico representante do blues de raiz. A
popularidade do baixista de 77 anos pode ser medida pelos abraços e pedidos para
selfes. Stronger, que revela ser o Front Porch Stage seu palco preferido do
MDBF, foi pelo sexto ano aclamado pelos fãs e deve retornar a Caxias para
celebrar a décima edição do festival em novembro de 2017.
Fotos: Sérgio De Nardi
Matéria públicada na edição do jornal A Folha Regional, caderno Enfoque,
do dia 02 de dezembro de 2016.
Texto: Neivo Angelo Fabris Fotos: Sérgio De Nardi
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