Vereador Eloi Nardi propõe Moção de apoio à luta contra a privatização do Banrisul

Após reuniões entre técnicos do Tesouro Nacional com a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul para acertar os termos do acordo de adesão ao regime de recuperação fiscal proposto pela União, a negociação se encaminha para a privatização de estatais. E preocupado com o rumo que essas negociações podem tomar, o vereador Eloi Nardi (PP), durante a Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Getúlio Vargas na última quinta-feira (30), solicitou que seja encaminhada uma Moção de apoio à luta contra a privatização do Banco do Estado do Rio Grande do Sul – Banrisul.
O edil Eloi disse acreditar que a privatização não irá solucionar os problemas. “Se nós pudéssemos privatizar o Banco do Estado e acabar com a dívida com a União, eu seria a favor, mas no máximo irá solucionar os problemas por um momento, e hoje o Banrisul tem sido o suporte que viabiliza em muitas oportunidades, o pagamento do servidor público. Nos últimos anos, o Governo do Estado sempre buscou empréstimos no Banco para pagar o Décimo Terceiro Salário”.
Segundo ele, o Banrisul e o Sicredi, são as instituições que estão praticamente enraizadas em todos os municípios do RS. “Talvez seja ainda os dois únicos Bancos, em que o lucro ainda fica no Estado. Por isso temos que nos engajar nesta luta, mesmo que os rumores de privatização do Nainda sejam pequenos, eles existem, por isso devemos nos antecipar", pontuou.
Também se manifestaram os vereadores Aquiles Pessoa da Silva e Deliane A. Ponzi. Aquiles afirmou ser a favor da moção, e contra a privatização. “Acredito que se deve privatizar o que está dando prejuízos e não o que dá lucros”, comentou. Deliane colaborou dizendo que em passagem por Porto Alegre, conversou com alguns deputados, que garantiram ser contra a privatização. O pedido foi aprovado por unanimidade. 
Na quarta-feira (5), em um pronunciamento, o governo deu a partida na ofensiva pela privatização das empresas CEEE, CRM e Sulgás. Sartori e outros três secretários apresentaram a situação financeira das companhias com a intenção de convencer os deputados a aprovarem o pacote de ajuste fiscal, que libera o Estado da obrigação de promover um plebiscito se quiser vender estatais à iniciativa privada.

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