UFFS inaugura Centro de Documentação e Laboratório de História Oral

Acervo com jornais e outros periódicos estão à disposição da comunidade regional.



 A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim inaugurou, na noite de quarta-feira (7), o Centro de Documentação e o Laboratório de História Oral. O acervo é composto por jornais da Região do Alto Uruguai, além de uma coleção do periódico alternativo Folha da História – que circulou em Porto Alegre entre 1996 e 2003 –, e também entrevistas que compõem uma pesquisa sobre o Movimento dos Atingidos por Barragens. Outros materiais também estão em fase de catalogação.
De acordo com o professor Gérson Wasen Fraga, a criação dos espaços é uma ideia antiga, concebida ainda no início da UFFS, em 2010. “Na época surgiu a proposta, junto com outros professores que integravam a área de Letras, de construirmos um Laboratório de Linguística e História Oral. Alguns desses colegas acabaram deixando a UFFS para seguirem outros rumos. Mesmo assim o espaço foi projeto para o futuro, na época da construção e inauguração dos laboratórios do Campus”, conta Gérson.
“Quando os laboratórios foram inaugurados, foi necessária uma sala para alocar os técnicos. Como muitos dos laboratórios das outras áreas estavam relacionados a disciplinas que necessitavam deles naquele momento, e este não era nosso caso, me pareceu razoável que o espaço fosse temporariamente utilizado para outros fins”, fala o docente.
Depois, com o passar dos anos, foi visto que o Campus poderia comportar mais do que um Laboratório de História Oral. “Conversando com as professoras Débora Clasen e Caroline Rippe, chegamos à conclusão de que poderíamos ampliar novamente a ideia, abarcando agora um Centro de Documentação”, explica Gérson.

Primeiros itens

Para encarar o desafio de juntar os materiais iniciais do acervo, a equipe contou com o apoio da Assessoria de Comunicação do Campus. “Foi e tem sido fundamental o auxílio do setor, que nos passa todo o material de clipagem”, ressalta o professor Gérson. “A assessoria também nos possibilitou a cópia digital das fotos relativas à construção do Campus, além de conseguirmos dar início à criação de uma pequena hemeroteca, através do encaminhamento dos periódicos recebidos.”
Segundo o docente, este é apenas o início. “Sabemos que isto ainda é pouco. Eu costumo brincar dizendo que o Centro de Documentação e Laboratório de História Oral é uma plantação de oliveiras. Não adianta querer correr, porque ele tem seu tempo para gerar frutos”, fala.

“É agora, com a inauguração, com bolsistas – inicialmente voluntários-, com a publicização do espaço, com convênios celebrados com poderes públicos e através da doação de material pela comunidade que poderemos constituir um acervo grande, capaz de servir como suporte para pesquisas de alunos das áreas de Ciências Humanas em seus TCCs, para alunos de Mestrado ou para o que mais pudermos servir à comunidade interna e externa”, avalia Gérson. “Queremos ser um espaço de memória, mas de uma memória viva, que seja plena de sentidos para a Região do Alto Uruguai.”

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