IFRS Campus Sertão - Curso de Zootecnia tem aula inaugural

Os acadêmicos da primeira turma do curso de Zootecnia do Campus Sertão do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) acompanharam a aula inaugural do curso, ministrada pela Zootecnista, Doutora em Produção Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Angélica Pereira dos Santos Pinho. A aula inaugural foi proferida no início da tarde de segunda-feira (16), no auditório do Centro de Ensino Superior. Angélica é Conselheira Titular do Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Rio Grande do Sul e professora adjunta da Universidade Federal do Pampa – Campus Dom Pedrito. Ela falou sobre o mercado de trabalho do zootecnista e seus ramos de atuação. Segundo Angélica, o campo de atuação do Zootecnista compreende pesquisar necessidades nutricionais do rebanho, planejar as futuras instalações utilizadas para a criação de animais, verificar as condições de higiene e alimentação e supervisionar a vacinação e a inseminação dos animais. “As empresas buscam profissionais com conhecimentos avançados na área zootécnica e de gestão e administração do negócio, que tenham uma visão holística de toda a cadeia produtiva”, citou. Angélica apresentou uma pesquisa publicada pelo Guia do Estudante no ano de 2005, que apontou a área da Zootecnia como a de maior índice de empregabilidade dentro das Ciências Agrárias e Biológicas. Para o acadêmico Paulo Vinicius Dobicz Tavares, 20 anos, o curso de Zootecnia é uma garantia de inserção rápida no mercado de trabalho. Ele deixou o município de Pouso Alegre, no Estado de Minas Gerais, no início deste ano, para assumir uma vaga num dos cursos superiores oferecidos pela Instituição. Contudo, seu objetivo sempre foi cursar Zootecnia. Paulo prestou o vestibular para a primeira turma do curso em julho e foi aprovado. “Vale a pena todo o esforço e a distância da família para a realização deste sonho”, garantiu. A inserção do zootecnista em qualquer cadeia produtiva, segundo Angélica, depende da formação técnica, moral e ética dos profissionais, e da capacidade de auto-organização e de superação dos mesmos. “Vocês (acadêmicos) têm que conhecer o mercado em que estão se inserindo e acompanhar as tendências da carreira”, salientou. A palestrante ressaltou que os estudantes de Zootecnia precisam estar em contato com os produtores, compartilhando seus conhecimentos. “Os estudantes estão buscando conhecimento para melhorar a vida dos produtores rurais, por isso precisam difundir os resultados de pesquisas e estudos”, apontou. De acordo com dados apresentados por Angélica, 74% dos profissionais formados na área chegam ao mercado de trabalho e, destes, 55% optam por uma especialização. A faixa salarial de um zootecnista oscila entre R$ 1,5 mil (salário inicial) a R$ 6 mil. A profissão é regulamentada pela Lei 5550 de 4 de dezembro de 1968. O Perfil Profissional do Agronegócio, apontado pela palestrante, busca, em primeiro lugar, as qualidades pessoais dos profissionais, em segundo a comunicação e a expressão, em terceiro a economia e gestão, em quatro a técnica de produção, em quinto os sistemas de informação e, apenas em sexto, a experiência profissional Sobre o Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Rio Grande do Sul, lembrou que o órgão tem a função de fiscalizar o exercício profissional do zootecnista, o que “é uma garantia ao profissional, que tem o respaldo do conselho em sua atuação”, conforme Angélica.

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