Alunos do Barão visitam exposição sobre o navio Titanic

Mostra com objetos resgatados do fundo do oceano é rica em detalhes e surpreendeu os visitantes de Erechim Os estudantes das sétimas e oitavas séries do Instituto Barão do Rio Branco de Erechim e de Barão de Cotegipe viajaram até Porto Alegre para conhecer a mostra ‘Titanic A exposição - objetos reais, histórias reais’, sediada no Barra Shopping Sul. A exposição apresenta além de histórias interessantes, os aposentos historicamente recriados e 248 artefatos autênticos recuperados nas sete expedições realizadas desde a descoberta do Navio em 1985. O Titanic é considerado o maior navio do mundo, e afundou em 15 de abril de 1912, depois de colidir com um iceberg, levando mais de 1.500 vidas e abalando a confiança do mundo na infalibilidade da tecnologia moderna. A turma com mais de 60 alunos, foi acompanhada pelos professores Cristian Pilar, da disciplina de História e Scheila Andretta Rossatto, das disciplinas de Matemática e Física. O professor de História relatou que antes de conhecerem a exposição, o tema sobre o Titanic foi abordado em sala de aula, e a maioria dos adolescentes não conhecia a estória do navio, até porque, segundo ele, eles eram pequenos quando o filme que tornou famoso seu naufrágio foi lançado. Os professores contaram ainda que todos voltaram maravilhados com a exposição, que é rica em detalhes: louças, documentos, moedas, dinheiro em papel, presilhas de cabelo, roupas que estavam dentro das malas, perfumes e fotografias. Além disso, está disponível um pedaço do casco do navio que também foi resgatado para que todos possam tocá-lo. A réplica de um iceberg também está exposta, para que os visitantes sintam o frio que fazia no local do naufrágio. A professora Scheila explicou que a maior parte do que está exposto foi resgatado no fundo do mar, e outras coisas mais valiosas são réplicas idênticas. Para ela, o que mais chamou a atenção, foi perceber a diferença existente dentro do navio para a primeira e a terceira classe. “Na primeira classe muito luxuosa queriam dar a impressão de um hotel sofisticado flutuante, e na terceira, dava para se ouvir o barulho das caldeiras,” conta. Durante a visitação, as pessoas podem assistir imagens reais da construção do navio, que foi feito com martelos e marretas, mesmo assim, usando muita tecnologia para a época- o Titanic foi o primeiro navio do mundo construído com três hélices. No navio existia sistema de água quente e fria e energia elétrica em todos os compartimentos. Para se ter uma ideia, o navio tinha 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e pesava mais de 46 toneladas. Tinha capacidade para abrigar 3.547 pessoas, mas viajou com quase mil pessoas a menos. Segundo relatos, o acidente aconteceu porque o comandante queria fazer a viagem em menor tempo, para demonstrar a grande capacidade do navio e colocou todas as caldeiras para funcionar. Quando avistaram o iceberg já não havia como desviar. Uma curiosidade é de que a tripulação esqueceu de levar binóculos, que poderiam ter facilitado a visualização mais cedo do iceberg, evitando a tragédia. O navio que tinha partido da Inglaterra tinha como destino os Estados Unidos. Muitos dos passageiros eram empresários que só queriam conhecer a América, outros tantos eram pessoas pobres e que almejavam conseguir um bom emprego e viver bem nos Estados Unidos. Os professores explicaram que grande parte das pessoas da primeira classe foram resgatadas, sendo que foi dada preferência para mulheres e crianças. A última sobrevivente do Titanic faleceu no ano de 1999. Os relatos dos sobreviventes mostraram que os botes de salvamento não saiam lotados do navio, e isso fez com que muitas pessoas que pudessem ter sido salvas não foram. Em um painel exposto na mostra é possível verificar que a maioria das pessoas que viajaram na terceira classe não sobreviveu. Outra curiosidade da exposição é de que todos ganham no início da visita um bilhete como se fosse a passagem do navio, com o nome de um viajante real e sua história. No final, cada um pode ver se o nome que está na passagem é de um sobrevivente, ou de alguém que morreu no naufrágio.

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