Polícia I I I - Família diz que Gabriel não estava mais no baile

Revoltados, os familiares de Gabriel Moura buscavam explicações para a tragédia que abreviou a vida do jovem. Os pais, Valdemar e Sueli, de Moura, não escondiam a tristeza pela perda do rapaz, que há dois anos trabalhava na construção civil em Erechim e ia para casa visitar os pais no fim de semana. No bairro Tancredo Neves, zona pobre da cidade, os vizinhos tentavam consolar Sueli. Ela havia se despedido do filho na noite anterior, quando ele saiu com a namorada para ir ao baile. Conforme a família, Gabriel já havia deixado a namorada em casa e retornava para a casa da família quando passou em frente ao salão e acabou envolvido na confusão. – Ele não estava com aquele grupo que tinha feito desordens no baile, nunca se meteu em confusão –contou o tio, Luis Carlos Trindade. Conforme os familiares, Gabriel era torcedor do Inter e sonhava em ser jogador de futebol. Trabalhava para auxiliar a família e, conforme o tio, não tinha antecedentes. – Aqui não tem lei, não tem segurança, atiraram à queima roupa no menino. Agora vamos ter que ter força para superar isso – salientou Trindade. O corpo do rapaz será enterrado hoje, no cemitério municipal da cidade. O que diz a BM O que diz o Tenente Lorival Ribeiro da Silva, oficial de dia do 13º Batalhão de Polícia Militar: “Não há dúvida sobre a autoria do disparo, ele foi atingido pela arma de serviço da BM, uma pistola .40. O policial disse que atirou para se defender, que usou todos os meios para evitar o confronto, mas era final de baile, as pessoas estavam embriagadas, e ele não conseguiu contê-las. Vamos investigar o caso e identificar também as pessoas que atiraram contra o prédio da BM. Vamos manter o reforço porque, se tiveram esta reação, nada impede que tentem novamente”.
Fonte: Clic RBS Erechim

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