Famílias da tragédia do ônibus escolar aceitam proposta da Corsan

Um grupo de 47 pessoas representadas pelo advogado Irineu Gehlen, decidiu aceitar a proposta da Corsan sobre a indenização das vítimas da tragédia do ônibus escolar que caiu na barragem da Corsan em 22 de sertembro de 2004 matando 17 pessoas.

A informação de que um acordo estaria próximo já havia sido dada em 1ª mão na última sexta-feira, 21, pelo jornal Boa Vista, na coluna 'Olhos de Águia'.

O acerto final foi de R$ 12,243 milhões. O advogado das famílias fez uma proposta R$ 13,5 milhões à Corsan, mas ele disse na noite desta segunda-feira, 24, que após explicar às famílias todos os detalhes, elas decidiram que a melhor opção seria aceitar a proposta da Corsan.

A indenização é por dano moral. Segundo o advogado o acordo judicial foi fechado ainda no sábado entre ele e a Corsan, mas a decisão final só seria anunciada oficialmente depois das famílias terem ciência dos detalhes.

“Na tarde de hoje (24) o acordo foi ajuizado na Vara da Fazenda Pública de Erechim”, disse o advogado. À noite, na Comunidade Argenta, onde ocorreu o acidente, ele reuniu-se com as famílias que representava. O advogado explicou que a Corsan terá 15 dias, a partir da homologação da justiça (que poderá sair em breve) para depositar o dinheiro em juízo.

Segundo o advogado Irineu Gehlen, as famílias que perderam filhos não receberão menos de R$ 500 mil cada uma. O advogado representou na ação 14 famílias que perderam filhos na tragédia, mais todos os sobreviventes e também as famílias dos sobreviventes, totalizando 47 pessoas.

Irineu Gehlen explicou ainda que acionou na justiça a Corsan e como réus solidários o município de Erechim, através da prefeitura, as empresas de ônibus envolvidas no transporte escolar, e o motorista do ônibus que caiu na barragem provocando a tragédia. “Mas eu escolhi a Corsan para não entrar no risco do precatório. A Corsan é uma empresa de economia mista cujo patrimônio pode ser passível de penhora judicial”, disse o advogado.

A tragédia ocorreu no dia 22 de setembro de 2004 quando um ônibus escolar caiu dentro do lago da barragem da Corsan por volta das 7h vitimando 17 pessoas (16 crianças e adolescentes, todos estudantes à caminho da escola, e uma monitora). Irineu Gehlen também é assistente de acusação no processo criminal que já está em fase final de instrução. Neste caso irá a julgamento o motorista do ônibus (Juliano dos Santos) pelo juiz da Vara Criminal de Erechim. Não será júri popular. As outras três famílias de vítimas possuem outros representantes.

* José Adelar Ody.

* Foto: Rodrigo Finardi/Arquivo BV

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