Erebango - Lenço Maragato e Chimango tremulam lado a lado no Cemitério do Combate
Tombado pelo governo municipal como Parimônio Histórico, o Cemitério do Combate
é um dos pontos turísticos mais importantes da região Norte do RS. Identificado
com uma placa instalada sobre o pórtico, o maior movimento ocorre no mês de
setembro, quando grupos de cavalarianos de diferentes cidades e Centros de
Tradições visitam o local.
Um lenço vermelho foi amarrado
junto ao portão mas ninguém da redondeza soube responder quem tomou a iniciativa
e muito menos quando foi. Há algumas semanas um outro lenço, desta vez branco,
foi pendurado ao lado do primeiro. O fato chama a atenção, principalmente dos
moradores da Linha Vanini. De igual modo de proprietários e funcionários de
granjas que periódicamente cruzam em frente ao Cemitério.
O confronto das tropas
revolucionárias comandadas pelo General Felipe Nery Portinho e governista sob a
liderança do Coronel Vitor Dumoncel Filho ocorreu no dia 13 de setembro de 1923,
com mortos e feridos de ambos os lados. A Revolução de 1923, última guerra civil
em solo gaúcho, não teve vencedores. O tratado de Pedras Altas pos fim ao
armistício iniciado em janeiro daquele ano e a Constituição Estadual foi
modificada, acabando com a reeleição dos governadores.
Passados mais de 88 anos desde o
combate ocorrido na então Fazenda Quatro Irmãos, a simpatia entre
os simpatizantes de Ássis Brasil e Borges de Medeiros ainda se dividem. Se no
passado, os ideais e interesses eram disputados com armas em punho, agora se
manifestam através do lenço branco e encarnado pendurados ao vento, lado a lado.
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