Caixões para cães e gatos é inovação no Estado


Há 30 anos um vereador de Passo Fundo, conhecido como Candinho, foi taxado por muitos como louco ao elaborar um projeto de Lei para criar um cemitério para cachorros no município. Os anos se passaram, as pessoas evoluíram e a paixão pelos animais de estimação venceu muitos preconceito. Pela primeira vez na história de Passo Fundo e de repente do Estado, uma funerária teve a ideia de comercializar urnas pet para proporcionar uma despedida mais digna para cães e gatos. Além disso, a funerária estima criar ainda neste ano um cemitério próprio para sepultar os bichinhos.
Seu João Gilberto Cogo trabalha há 46 anos no ramo funerário, mas jamais imaginou que a sua empresa também prestaria serviços para a realização de um quase “funeral para cães e gatos”. “Há 30 anos essa ideia era quase que inaceitável. Hoje é uma demanda que surge no mercado”, explicou Cogo. A comercialização de urnas pet iniciou há um ano e meio. Cogo disse que a ideia de prestar esse serviço surgiu quando uma senhora foi até a empresa dele e pediu se eles vendiam caixões para cachorros. A partir desse dia, ele começou a pesquisar sobre o assunto.
Durante uma feira focada para o ramo funerário realizada em São Paulo, o empresário perguntou para representantes de uma das fábricas presentes no evento se eles produziam urnas para animais. Os fabricantes responderam que não, mas aceitaram o novo desafio. “Pesquisei e estudei bastante sobre o assunto, mas jamais ouvi falar em empresas ou fábricas que vendessem esse tipo de urnas. Só havia encontrado essas experiências em revistas italianas. Nos consideramos pioneiros”, disse o empresário.
Mensalmente, são comercializadas cerca de duas urnas. O negócio é novo e o empresário pretende ampliar a divulgação do serviço. Nas próximas semanas, começará o credenciamento das lojas de pet shop do município. “A procura ainda não é tão expressiva, porque o serviço é novo, mas existe a vontade dos donos. Atualmente, as pessoas não têm muitas opções e acabam enterrando os bichinhos no quintal de casa ou em fazendas distantes”, disse Cogo.
Fonte: Natália Fávero/jornal O Nacional

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