Comitiva da SUTRAF e FETRAF viaja para a Rio + 20


Douglas Cenci, representantes do Sutraf e da Fetraf, durante o I Seminário Nacional da Juventude Rural

Nesta sexta-feira um ônibus sai de Porto Alegre com destino certo ao maior evento sobre Desenvolvimento Sustentável no mundo, a Rio+20, que acontece no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 deste mês. Da comitiva formada, em quase sua totalidade, por jovens representantes do Sutraf e da Fetraf no Rio Grande do Sul, faz parte o coordenador do Sutraf de Aratiba e da Juventude do Sutraf do Alto Uruguai, Douglas Cenci.
Para Douglas que irá representar os agricultores familiares da Região, durante o evento, este é um espaço de formação e aprendizado para os jovens da comitiva que futuramente queiram ingressar em um curso de agronomia ou área afim; e uma oportunidade para demonstrar o posicionamento dos agricultores familiares do Estado no que diz respeito ao meio ambiente. “Também estamos preocupados e empenhados em conservar a natureza, por isso, queremos pressionar os outros setores da sociedade para que também façam o mesmo, desenvolvendo-se, porém conservando. A agricultura familiar comparada aos outros exemplos de modelos se sobressai na questão do meio ambiente, podendo ser nomeada como agricultura sustentável”.
De acordo com ele, a Rio + 20 é o momento ideal para os agricultores cobrarem do Governo Federal um posicionamento adequado no que diz respeito às áreas de preservação permanente nas pequenas propriedades. “Este evento é uma vitrine para o governo apresentar que políticas públicas irá adotar para o desenvolvimento sustentável tanto na área urbana e industrial, quanto rural”.
No mês de maio, Douglas também participou do I Seminário Nacional da Juventude Rural, que teve como principal objetivo avaliar as políticas públicas existentes para juventude, opinar na melhoria e criar novas alternativas a fim de que elas funcionem e atendam as reais necessidades dos jovens agricultores. “Neste encontro pudemos colocamos na mesa do governo as angústias vividas pelos jovens agricultores, criando uma expectativa positiva de que as coisas possam melhorar, trazendo de volta a auto-estima e a esperança de termos condições de permanecer no campo”.
Para ele, que é agricultor e investe na produção leiteira, vive com os pais, a avó e dois irmãos no interior de Aratiba, a soberania alimentar depende muito do jovem que está ou estará nos próximos 10 ou 15 anos produzindo no campo. “A sucessão da agricultura familiar depende das políticas públicas que devem atender as necessidades dos jovens a fim de evitar o êxodo rural, porém, atualmente, isto não acontece”. Douglas afirma que uma maneira de tornar o campo um espaço de oportunidades é viabilizar o acesso a terra, à educação e saúde de qualidade, às novas tecnologias, ao crédito e ao financiamento. “Antigamente o jovem agricultor não tinha oportunidade e ficava no campo por falta de escolha, hoje, os atrativos da cidade e a ampla oferta de emprego fazem com que eles saiam cada vez mais cedo de casa”.



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