Contexto - Neivo A T Fabris


A vitalicidade na Câmara Alta
A indignação dos brasileiros diante da posse do novo presidente do Senado da República fica evidente nas redes sociais. O “coronel” alagoano, que precisou renunciar a presidência da Câmara Alta quando foi tornado público que uma empreiteira que prestava serviço para o governo pagava as contas de sua amante, pensa ter dado a volta por cima. O senador Renan Calheiros (PMDB) só não foi cassado naquela oportunidade porque seu partido, juntamente com o então presidente Lula e o partido da estrelinha vermelha, se mobilizaram na sua blindagem. Na oportunidade o ex. presidente José Sarney (PMDB) teria dito ao colega: “Não fique triste, você voltará”. E voltou com o voto de 56 dos 81 senadores.
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Considerado uma das casas legislativas mais caras do planeta, o Senado custa R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos a cada ano. O orçamento de 2013 do município de Erechim é de R$ 172 milhões. Numa comparação com o orçamento do maior município do Alto Uruguai, o do senado é vinte vezes maior. A cada dezoito dias o senado gasta o orçamento anual do município gaúcho que tem pouco menos de 100 mil habitantes. O Senado, que no próximo ano vai completar 290 anos, foi criado pela Constituição de 1824. Ao longo do período monárquiico os membros da casa tinham mandato vitalício. Atualmente o mandato dos senadores é de oito anos, com renovação alternada a cada quatro anos de 1/3 e 2/3 de seus membros. Infelizmente, para alguns de seus membros o poder continua vitalício.
Curtas:
# O primeiro embate entre a bancada de oposição e da situação ocorreu já na primeira sessão do legislativo de Getúlio Vargas, na noite do dia sete.
# Colocado em votação o Projeto de Lei nº 70/13, que dispõe sobre o Plano de Classificação de Cargos Públicos Municipais, recebeu quatro votos da oposição e quatro da situação.
# O desempate foi feito pelo vereador Dinarte Farias (PP), presidente da Câmara, garantindo a aprovação do referido projeto.
# Apedido mandado publicar na imprensa pelo vereador Elton Andretta (PMDB), reforça o coro da direção do Sindicato dos Municipários que se posicionou contrário ao projeto que supostamente beneficiou o Chefe de Gabinete.
# E dá sinais que diferentemente do que ocorreu na legislatura anterior, a oposição, agora com quatro representantes, não dará trégua ao governo Prezzotto/Soligo.
# Pelo menos cinco bares e restaurantes da Av. Severiano de Almeida não abriram as portas na noite de segunda-feira de Carnaval (11).
# Os donos dos estabelecimentos deixaram de sobreaviso a clientela de que não abririam na noite em que aconteceria o Carnaval de Rua de Getúlio Vargas.
# Também informara aos habitues que foram motivados pela decisão dos organizadores do Carnaval de Rua que franquearam à venda de bebida as três Escolas de Samba.
# Sem a disponibilidade dos banheiros dos estabelecimentos que aderiram ao protesto sobrou como opção o uso dos banheiros químicos contratados pela prefeitura.
# Há quem tenha reclamado que a cerveja vendida nos quiosques provisórios montados nos canteiros da avenida estava quente.
# Os cinco bares e restaurantes possuem cerca de 30 funcionários permanentes e garante o trabalho de pelo menos uma dezena de entregadores terceirizados.
Dito & Feito:
Além dos deputados da região o Alto Uruguai tem contado nesta legislatura com a parceria dos presidentes do Palácio Farroupilha. Nos últimos doze meses a Casa foi presidida pelo deputado Alexandre Postal (PMDB). Postal, que entregou comando da Assembleia no último dia 31 ao deputado Pedro Westphalen (PP), tem fortes vínculos com a região. Também é considerada ótima a relação do novo presidente com o município de Getúlio Vargas. O deputado Pedro Westphalen, que é médico e natural de Cruz Alta, visitou o Hospital São Roque e assumiu compromissos com seus dirigentes. Em 2014, Westphalen passará o comando para o colega Gilmar Sossella (PDT), o campeão de votos em 2010 no município. 

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