URI - Educadores da Espanha, Argentina, Inglaterra e do Brasil participam do IV Congresso Internacional das Linguagens.

Professor Luiz Mario deu as boas-vindas aos participantes do Congresso
Professor Celso Antunes: “Ensinar não é fazer o que se gosta, mas para quem se gosta”
O evento, aberto nesta terça-feira, 25, na URI-Campus de Erechim, tem o objetivo de debater linguagens, ensino e tecnologias. A primeira conferência foi com o professor Celso Antunes, de São Paulo, que falou sobre as novas maneiras de ensinar e as novas formas de aprender. O palestrante, que foi consultor da Unesco durante 20 anos, salientou, entre outros aspectos, que o Brasil tem uma longa caminhada para recuperar a importância do professor na sociedade atual. Enquanto em outros países o professor é tratado como figura essencial para o desenvolvimento, aqui no Brasil falta, principalmente, respeito a esse profissional que pode ser considerado como alicerce do amanhã. Disse, no entanto, que existe esperança e apontou algumas soluções que dependem, principalmente, da atitude do professor. Entre elas, evitar aulas expositivas, fazendo com que o aluno tenha uma maior participação. Com isso, disse, as aulas se tornarão mais ricas e eficazes. “A matéria tem que ter cheiro, cor e sabor”, afirmou Celso Antunes. Para o educador, autor de várias obras na área educacional, o professor precisa ter postura, ou seja, saber instigar o interesse pela pesquisa por parte do aluno. “Não podemos responder o que eles podem descobrir sozinhos”, afirmou. Pluralizar as linguagens, através de palavras, desenhos, música e gestos também pode despertar no aluno maior interesse pelas aulas, disse. Saber usar as tecnologias modernas, como a internet, é muito importante, mas tem que haver limites. “Não devemos esquecer que elas são apenas mais uma ferramenta de aprendizado”, lembrou. Também ressaltou o aspecto ligado à avaliação do aluno. “Precisamos encontrar a maneira correta de corrigir o erro. Existem outras maneiras de olhar e avaliar o aluno”. E concluiu: “Ensinar não é fazer o que se gosta, mas para quem se gosta”. Ao falar em nome da URI-Campus de Erechim, que está recepcionando a todos os participantes do Congresso, o Diretor Geral, professor Luiz Mario Silveira Spinelli, salientou que esse evento nasceu para fazer a diferença na área do conhecimento e para a integração com outros países. “Crescemos muito nestes 18 anos da URI e, graças à equipe da nossa Universidade, estamos conseguindo vencer todos os desafios”, afirmou Spinelli. O Congresso Internacional das Linguagens da URI-Campus de Erechim prossegue até sexta-feira, 28, e vai debater, ainda, a gestão democrática na escola; o ensino e as tecnologias; as línguas estrangeiras e tecnologias, entre outros temas.

Comentários