CONEXTO - Neivo A T Fabris *

Ponto de vista A 39ª posição entre os 282 candidatos a deputado federal não garantiu a eleição de Ivar Pavan (PT) no domingo (3). Os 55356 votos obtidos pelo único candidato do Alto Uruguai para a Câmara dos Deputados permitiu a quarta suplência frustrando a expectativa de a região voltar a ter um representante em Brasília. Nesta semana o ex. presidente da Assembléia Legislativa distribuiu um artigo à imprensa intitulado “O voto e o desenvolvimento regional”, lembrando que entidades locais entregaram um documento a ele e o candidato Tarso Genro com as demandas durante a campanha. E ainda que grande parte dos prefeitos dos 32 municípios apoiou candidaturas em troca de emendas parlamentares apenas para resolver problemas pontuais. I I O desabafo de Pavan aponta como contraditória a posição de dirigentes de entidades diversas signatários do documento e que teriam assumido candidaturas deslocadas da estratégia de desenvolvimento propostas. De igual modo citou “poderosas máquinas eleitorais, promessas de emendas parlamentares e outros benefícios” em detrimento das demandas sócio-econômicas locais. Dentre elas enumerou melhoria nas rodovias e reativação da ferrovia, qualidade de energia e telefonia, apoio as diversas cadeias produtivas e parque científico e tecnológico. E ainda, apoio as diversas cadeias produtivas e a estruturação do sistema de saúde. I I I Os números do Tribunal Regional Eleitoral (TER/RS) revelam que faltaram 34741 votos para que Pavan obtivesse a oitava vaga da bancada petista para a próxima legislatura da Câmara Federal. Nas duas eleições anteriores, quando Ivar Pavan se reelegeu para a Assembléia, trouxe para região o colega Marco Maia, da tendência Ação Democrática. Desde então o deputado federal fincou raízes neste quadrante do RS. Parte dos 122134 votos, que garantiu a quarta maior votação entre os candidatos petistas foram obtidos na região. Em Canoas, onde Maia fez 35330 votos Pavan recebeu apenas 609. Em Erechim e Getúlio Vargas Pavan teve 13697 e 1844 votos e Maia 6421 e 463, respectivamente. Curtas: # O município de Getúlio Vargas liderou o número de abstenções dentre os seis que formam a 70ª Zona Eleitoral. # Dos 12864 eleitores aptos a votar no domingo (3) em Getúlio Vargas compareceram nas sessões 10795 (83,92%) e faltaram 2069 (16,08%). # A melhor posição coube a Sertão com abstenção de apenas 8,9%, tendo comparecido 4625 eleitores, o equivalente a 91,1%. # Passaram exatos 50 votos, para que a soma dos 3482 votos de Yeda Crusius (PSDB) e os 2193 de José Fogaça (PMDB), dos 5625 feitos por José Serra (PSDB) em Getúlio Vargas. # Diferentemente de Dilma Rousseff (PT), que ficou na 2ª colocação em Getúlio Vargas com 3763 votos Tarso Genro ficou em 1º entre os candidatos ao governo do Estado, com 4060 votos. # Não é preciso fazer contas para concluir que nem todos os eleitores que votaram em Tarso Genro fizeram o mesmo com a ex. Ministra da Casa Civil. # Não foi diferente no RS, onde o governador eleito fez 3416450 votos Dilma Rousseff 3007263, exatos 409187 votos a menos. # Os candidatos a Câmara Federam com melhor desempenho em Getúlio Vargas foram Ivar Pavan (PT-1844 votos), José Otávio Germano (704), Vilson Covatti (PP-646), Luis Carlos Heinze (PP-537) e Marco Maia (PT-463). # Para a Assembléia Legislativa os mais votados foram Sossella (PDT-1380 votos), Tortelli (PT-1356), Capoani (PMDB-1154), Tirello (PTB-860) e Alexandre Postal (PMDB-478 votos). # O trabalho realizado por Leonardo Pereira, familiares e amigos na campanha a reeleição do deputado federal José Otávio Germano (PP) garantiu 1228 votos na 70ª Zona Eleitoral. # As eleições nos seis municípios da 70ª Zona Eleitoral ocorreram dentro da mais absoluta normalidade, as 109 urnas eletrônicas funcionaram e não houve denúncias de crime eleitoral. #A informação foi dada a este escriba pela Juíza Eleitoral Lisia Dorneles Dal’Osto e o chefe do Cartório Luiz Fernando Brustolin no instante em que a primeira urna chegava ao Fórum, por volta da 17h08 minutos de domingo (3).

Comentários