A história do RS evidenciada no município de Erebango

Conhecido nacionalmente pela qualidade da erva-mate que produz o município de Erebango, localizado na região Norte do RS, celebrou os 180 anos da Revolução Farroupilha com uma extensa programação. Além de alunos e professores da rede municipal e estadual de ensino, a atividade cultural disponibilizada pela administração, através da Secretaria de Educação, contemplou a comunidade e os Grupos da Terceira Idade.

 

Grupo da terceira idade no Fogo de Chão de Danilo Webber

Alunos da rede municipal em visita ao Cemitério do Combate

 

Entre os dias 11 e 20 de setembro, a data magna do povo gaúcho foi marcada por visitas realizadas pela comunidade escolar e Grupos da Terceira Idade ao Cemitério do Combate. Tombado pelo Patrimônio Histórico, no local ocorreu um dos mais violentos combates entre as tropas legalistas do Coronel Victor Domuncel Filho e revolucionárias do Coronel Felipe Neri Portinho. O fato marcante da Revolução de 1923, última guerra civil ocorrida em solo gaúcho, ocorreu no dia 13 de setembro daquele ano.

O outro local de visitação foi à propriedade de Danilo Webber, localizada na área rural, entre as cidades de Erebango e Estação. Aceso há 54 anos, o fogo de chão tem sido um ponto de visitação e destaque na imprensa estadual e nacional pelo significado histórico. No centro do galpão a fogueira mantida a mais de meio século, esquenta a água do chimarrão servido pelo anfitrião aos visitantes. Nas paredes fotografias, recortes de jornais e instrumentos de trabalho utilizados pelos pioneiros.

Atento a preservação das fontes históricas, o governo de Erebango mantém o Museu Histórico Municipal. No local estão catalogadas e expostas fotografias, cartuchos de fuzil deflagrados durante a Revolução de 1923, adagas e lanças utilizadas pelos combatentes. Chama atenção o projetor utilizado até a década de 1950 no cinema local, entre outras peças.

O roteiro das visitas realizadas ao longo da Semana Farroupilha foi organizado pela turismóloga Letícia Lohmann. Ela é a responsável pelo Museu Histórico e acompanhou os passeios. A programação também foi marcada por palestras, mateada, almoços e jantares com pratos típicos da culinária sulina, elaborada pelas entidades locais.