URI sedia Fórum Temático sobre altas habilidades e superdotação

Ampliar a consciência da sociedade sobre a importância de identificar, acolher e direcionar pessoas com altas habilidades e superdotação. Com este objetivo, a FADERS – Acessibilidade e Inclusão, órgão gestor estadual da política pública para essa área, promoveu na manhã desta quarta-feira, 28, no Salão de Atos da URI, o Fórum Temático sobre Altas Habilidades e Superdotação.


Presidente da FADERS, Roque Bakof, abriu o Fórum

O evento contou com a presença do Presidente da FADERS, Roque Bakof; da Secretária Municipal de Educação, Vanir Bombardeli; da Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da URI Erechim, Andrea Ceni; e da Diretora Técnica da FADERS, Marilu Mourão Pereira.

Para o Presidente da FADERS, existe um índice considerável de pessoas no Rio Grande do Sul que necessitam de atenção. “Podemos falar em até 5% da população gaúcha que possui altas habilidades ou superdotação”, destacou Bakof. “Em função disso, temos que unir esforços entre governo, escolas e educadores para encontrar saídas nesta questão”, salientou.


A convidada para falar sobre a temática do encontro foi a professora Larice Maria Bonato Germani, analista técnica no Serviço de Educação e Ajudas Técnicas da FADERS. Segundo a palestrante, a inclusão é um direito em todos os níveis de ensino. “No universo escolar, muitas vezes, confunde-se crianças com altas habilidades com crianças com transtorno de déficit de atenção, hiperatividade (TDAH). As crianças com altas habilidades possuem raciocínio rápido, são questionadoras, curiosas, contudo, muitos acabam tendo baixo rendimento ou se negando a desenvolver as atividades propostas por acharem as aulas desestimulantes, sem desafios”, disse a conferencista. No entanto, informou ela, alguns pesquisadores utilizam testagens com base no Quociente de Inteligência para identificar os alunos com altas habilidades que, segundo dados, seriam de 3 a 5% dos estudantes. Contudo, segundo a palestrante, outra pesquisa, com base nas inteligências múltiplas, de Gardner, encontrou 7,8% de crianças com altas habilidades no meio escolar. Por isso, ressaltou a professora, “infelizmente, muitas crianças com altas habilidades acabam se evadindo da escola. Por essa razão, é muito importante a capacitação para os professores aprenderem a lidar com esta demanda, pois muitos talentos podem ser desperdiçados ou perdidos por não terem sido adequadamente atendidos precocemente”.

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