Mais da metade dos alunos do 3º ano não resolvem cálculos simples -
Mais da metade (54%) dos alunos do 3º ano do ensino
fundamental no País não consegue resolver problemas simples de Matemática nem
consegue informações em textos de literatura infantil. Segundo o Ministério da
Educação, o baixo desempenho nessa faixa etária (oito anos) reforça a
necessidade de antecipar em um ano a alfabetização - proposta da pasta para a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que vai definir o que os
alunos da educação básica devem aprender em cada ano.
Os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA)
2016 foram divulgados ontem. A prova foi realizada em novembro por 2,1 milhões
em 48 mil escolas públicas do País. Maria Helena Guimarães, ministra substituta
da Educação, diz que os dados mostram que o Brasil estagnou na mesma "situação
de insuficiência" de dois anos atrás. Em Matemática, 54,5% das crianças
tinham nível de proficiência insuficiente no ano passado. Em 2014, edição
anterior da prova, eram 57%.
A avaliação classifica o
conhecimento em Matemática em quatro níveis. Em dois, o desempenho é
considerado insuficiente para a faixa etária. O aluno nesses níveis não
consegue ler a hora no relógio analógico nem fazer adição de duas parcelas. Em
Leitura, 54,7% estão nos níveis considerados insuficientes. Já em 2014, eram
56,1%. Estes alunos não conseguem fazer tarefas como identificar informações
explícitas localizadas no meio ou final de um texto.
Em Escrita, 34% dos alunos
apresentaram proficiência insuficiente. Eles, por exemplo, não conseguem
escrever corretamente palavras com diferentes estruturas silábicas, como lousa
ou professor. A edição de 2016 teve mudanças metodológicas nos testes de
escrita, o que impossibilita a comparação dos dados com a avaliação anterior. A
média do País ainda esconde desigualdades regionais. No Norte e no Nordeste,
três em cada dez estão nos patamares mais elementares de Matemática e Leitura.
No Sul e no Sudeste, essa taxa não chega a 15%.
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