Milho ultrapassa 55% da área prevista para Safra 2023/2024 no RS
A
área semeada co
Na
região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as lavouras de milho estabelecidas
apresentam excelente desenvolvimento, com emissão rápida de novas folhas e
crescimento vigoroso do colmo. Houve aumento da taxa de crescimento em função
dos dias mais quentes. A umidade de solo adequada permitiu que os produtores
realizassem a distribuição da adubação nitrogenada em cobertura. A maioria dos
produtores opta pelo parcelamento, em duas vezes, da dose recomendada em
cobertura: a primeira quando o milho está no estádio V3, e a segunda em V6.
Houve diminuição da incidência de cigarrinha-do-milho, confirmada pela redução
de captura do inseto nas armadilhas de monitoramento. A associação do controle
convencional com produtos biológicos apresentou melhores resultados.
Quando à safra de arroz, o Instituto
Rio-Grandense de Arroz (Irga) estima cultivo de 902.425 hectares no RS e a Emater/RS-Ascar
projeta produtividade de 8.359 kg/ha. A cultura encontra-se em estágio inicial
de implantação. No entanto, na maioria das regiões do Estado, o plantio foi
inviabilizado pelas contínuas precipitações e pela consequente inundação das
áreas de implantação. Na região administrativa da
Emater/RS-Ascar de Santa Maria, foram
apenas remontadas as taipas danificadas pelas cheias dos rios da região. Na
de Santa Rosa, a umidade do solo
continua excessiva nas áreas de semeadura, dificultando o acesso de máquinas e
de equipamentos tanto nas lavouras quanto nas estradas de acesso.
Para a Safra 2023/2024 de Feijão 1ª safra,
projeta-se área de cultivo de 29.053 hectares. A estimativa de produtividade é
de 1.775 kg/ha. A cultura está em implantação. No entanto, o excesso de chuvas
condicionou o progresso da semeadura apenas para regiões onde o volume de
chuvas foi menor. Na região de Ijuí, o
plantio atingiu 90%. O cultivo é distribuído em pequenas áreas, o que permitiu
avanço substancial na semeadura da cultura. Nas lavouras que já emergiram, as
plantas exibem folhas amplamente desenvolvidas e não apresentam quaisquer
sintomas de doenças ou danos causados pelo frio.
CULTURAS
DE INVERNO
Aveia branca - A área de cultivo na Safra
2023 é de 365.081 hectares, e a produtividade está estimada em 2.340 kg/ha. A
cultura encontra-se em colheita, que chega a 14% da área. Em fase de maturação estão
26% das lavouras; em enchimento de grãos, 44%; e em florescimento ou em fases
anteriores, 16%.
Canola - A área de cultivo estimada é de
67.219 hectares, e a produtividade está estimada em 1.632 kg/ha. Em relação às
fases de desenvolvimento, a maioria das lavouras está na etapa de enchimento de
grãos, representando 46% da área total. Em fase de maturação estão 34%;
colhidas, 13%; e em fase de floração, 7%. As lavouras apresentam desempenho
satisfatório, mas, onde predominou baixa luminosidade e alta umidade,
observa-se uma redução no potencial produtivo da cultura, evidenciada pelo
aborto de flores, pela diminuição no tamanho dos grãos ou pelo apodrecimento
das sementes nas síliquas baixeiras.
Cevada - A projeção de cultivo é de 35.899
hectares, e a produtividade esperada é de 3.144 kg/ha. A cultura encontra-se em
fase de enchimento de grãos, correspondendo a 58% das lavouras; 9% estão em
desenvolvimento vegetativo; 25% em floração; 7% em maturação; e aproximadamente
1% já foi colhido.
OLERÍCOLAS
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os olericultores do
município de Bagé que possuem áreas de produção dentro do perímetro urbano
foram afetados diretamente pelo granizo da madrugada de sábado (23/09). A
excelente proteção da cobertura plástica de estufas danificadas impediu que os
cultivos fossem atingidos e que as famílias tivessem prejuízos maiores. Nas
áreas de produção de folhosas a céu aberto, as perdas relatadas foram bastante
expressivas. Os produtores que não possuem estufas também enfrentam
dificuldades para realização de novos plantios e dos tratos culturais devido ao
excesso de umidade, refletindo em perdas na escala e na qualidade dos produtos.
Em Candiota, as lavouras de produção de sementes de cebola, coentro e salsa
foram gravemente afetadas, resultando em perda total em algumas.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
Praticamente
todas as pastagens de aveia concluíram seu ciclo. O azevém continua sendo uma
fonte de suporte nutricional, apesar das chuvas intensas. O excesso de umidade
no solo está resultando na degradação das áreas com maior lotação de animais e
com plantios mais recentes. As chuvas excessivas também estão atrasando a
implantação das pastagens anuais de verão. Já as pastagens perenes de verão,
como os tífton, apresentam crescimento acelerado devido ao aumento das
temperaturas e à realização de adubação para estimular o crescimento. As áreas
de campo nativo estão em processo de recuperação em razão dos períodos de
aumento de temperatura, que estimulam o rebrote.
BOVINOCULTURA DE CORTE - As
chuvas persistentes e intensas têm criado desafios para a pecuária de corte,
especialmente nas áreas com pastagem cultivada. O processo de parturição está
aumentando, e os produtores estão implementando a Inseminação Artificial em
Tempo Fixo (IATF). Observa-se maior incidência de carrapatos, atribuída às
condições de alta umidade e elevação da temperatura ambiente. Além disso, a decisão
de reter animais nas propriedades está sendo influenciada pelos baixos valores
de mercado e pela persistente recessão, caracterizada por preços reduzidos para
os produtores, pela escassa demanda por animais vivos e pelo consumo limitado
de carne bovina.
BOVINOCULTURA DE LEITE - A
semana foi marcada por dias chuvosos, que dificultaram as atividades nas
propriedades devido ao acúmulo de barro. Apesar das pastagens de inverno
estarem em fase final de ciclo e de apresentarem menor qualidade, houve oferta
satisfatória de forragem, aliviando os custos de produção para os produtores
que utilizam pastagens de forma eficiente. A implantação das lavouras de milho
para silagem e das pastagens anuais de verão está atrasada em função da
limitação de dias adequados para o plantio. A sanidade dos bovinos leiteiros se
manteve satisfatória, sem restrições alimentares que afetem seu estado
corporal. Em virtude do inverno menos rigoroso e do início da primavera,
aumentou-se a aplicação de antiparasitários no rebanho como forma de prevenir
infestações mais precoces de ectoparasitas.
Foto: José Schafer, Santa Rosa
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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