Estação - Produção de jabuticaca surpreende

A produtividade de jabuticaba neste ano vem garantindo renda extra aos produtores. A qualidade dos frutos aliado ao preço, que oscila entre R$2,00 e R$3,00 ao quilo, dependendo do local em que é oferecido, incrementou o consumo. Além da colheita feita em matas nativas parte da safra é garantida nos pomares de propriedades rurais e urbanas. Na cidade de Estação, o pomar do aposentado Oldimar Perin (56 anos) vem garantindo o abastecimento da família e amigos. “Até os sabiás, tucanos e outros pássaros estão aproveitando”, disse Perin. Ele revela que as árvores plantadas com sementes produzem frutos mais doces. “Eu plantei estas jabuticabeiras maiores há 32 anos com sementes recolhidas no mato dos Giacomazzi”, contou. O filho do ferroviário João Luis e da dona de casa Elvira Perin, residentes na Linha Cinco, também em Estação, lembra do tempo de infância: “na companhia dos irmãos e amigos íamos colher frutas nativas nos matos próximos do Santuário”. Oldimar Perin admite que aprendeu desde cedo com o pai a conhecer as diferentes espécies de árvores da região. Nos fundos da sua residência, localizada na Rua Santana, Perin mostra com orgulho o arvoredo que cultiva a mais de três décadas. Conta ainda que com a aposentadoria após quase trinta anos de trabalho na indústria de carrocerias Tonial como ferreiro e soldador, sobrou mais tempo para as plantas. “Não existe jabuticaba de enxerto”, ensina. Perin mostra a jabuticabeira que plantou em 1978 com sementes e que só começou a dar frutos há três anos. A poucos metros, outras plantadas com mudas em 2002 e que no ano passado produziu pela primeira vez, neste suprendeu pela quantidade. No porão, onde Oldimar e a esposa Eloina produzem vinho, compotas, conservas e chimia para o consumo da própria família, o dono da casa coloca sobre a mesa as jabuticabas recém colhidas. Enquanto as frutas vão sendo saboreadas fica comprovada as explicações acerca da qualidade das frutas colhidas das jabuticabeiras plantadas a mais de três décadas. “Apesar da precocidade na produção a partir das mudas, os frutos são menores e menos saborosos”, encerra.
Matéria publicada no suplemento A Folha Rural que circulou encartada na edição de sexta-feira (19).

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