Getúlio Vargas - Araucária vai render 25 dúzias de tábuas

Na sexta-feira (21) chamou atenção de transeuntes do centro da cidade o tamanho de um pinheiro que ocupou a carroceria de um caminhão. A araucária centenária, medindo no pé 1,70m x 1,60m, foi derrubada numa propriedade localizada no KM 13. O abate do pinheiro, devidamente autorizado pelos órgãos ambientais, foi feito pelos proprietários da Madeireira Krasuski & Schmidt Ltda. O empresário Gilberto Krasuski contou que precisou da orientação do patriarca da família para a derrubada. Revelou que foram poucas as vezes que teve a oportunidade como esta de ter no pátio da empresa uma única árvore que depois de serrada irá render cerca de 25 dúzias de tábuas. No Alvará de Licenciamento a autorização nos seguintes termos “fica liberado o corte de 01 araucária descopada por vendaval, fora de área de preservação permanente, totalizando em 16, 723 metros cúbicos de toras resultando em 1,00 m de lenha”. E ainda: “Condicionante – proibido o uso de fogo – reposição de 15 mudas de araucária”. Junto outro formulário expedido pelo Ministério do Meio Ambiente. No chamado Documento de Origem Florestal, emitido em nome de Guilherme Knerek, morador do KM 13, a autorização e roteiro para o transporte de uma “Araucária angustifólia” até a serraria de Getúlio Vargas. A atividade extrativista foi até a segunda metade do século passado um dos mais movimentados setores da economia do município. O número de madeireiras acompanhou a queda das reservas florestais e das exigências da legislação ambiental. Os projetos de reflorestamento tem sido uma opção para o meio rural e também para o setor. Nos estaleiros das madeireiras locais são periodicamente depositados toras de árvores exóticas e nativas. O aquecimento das atividades na construção civil e moveleira fez com que as serrarias acompanhassem a tendência.