Ensino Superior - O Brasil se encontra em Sertão

Luís Felipe Arruda Maciel, de 19 anos, de Belém do Pará, atravessou o país atraído pela oportunidade de formar-se numa federal. Na foto ele está junto ao pai Antônio Francisco Maciel.
Lais Alves de Matos Faria, de Barra do Pirai, RJ, chegou ao RS acompanhada da mãe Eliane para garantir a vaga conquistada no curso superior de Licenciatura em Ciências Agrícolas.
Estudantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e do Rio Grande do Norte escolheram o Campus de Sertão do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) para realizar a formação superior. A alta na procura pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2011 fez com que a relação de candidato por vaga na primeira etapa chegasse a 25,60 para o curso de Licenciatura em Ciências Agrícolas.Para a diretora geral do campus, Viviane Silva Ramos, o Sisu está entre os fatores pelos quais a instituição ganhou visibilidade nacional, aliado a tradição da escola que já tem mais de 50 anos. “As pessoas passam a ter a curiosidade de saber como o lugar é. Eles vêm em busca de conhecimento e pelo desafio de vivenciar e conhecer outra cultura”, opina. Além disso, a qualidade de vida da região é outro fator levado em consideração. O número de técnicos – mais de 5 mil – formados e espalhados pelo Brasil e exterior ajudam a difundir a instituição.Laís Alves de Mattos Faria deixou Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, para integrar a turma do curso superior de Licenciatura em Ciências Agrícolas, em Sertão. “Quando fiz o curso técnico foi a primeira vez que fiquei longe da família, mas nunca fiquei tão longe quanto vou ficar agora. Gosto dessa área e vale a pena superar a distância e todos os obstáculos para construir meu futuro”, acredita. A mãe Eliane disse estar tranquila porque confia na maturidade da filha. “É muito importante que os pais dêem liberdade para os filhos escolherem seu caminho, sua profissão. A distância e o fato de estar num lugar totalmente desconhecido vão fazer vão fazer com que minha filha se desenvolva mais rapidamente”, destaca.De Angra dos ReisO jovem Daniel Fonseca, 20 anos, está determinado a deixar Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, para realizar o sonho de se formar em Agronomia. Acompanhado pelo pai, ele esteve no campus para efetivar a matrícula na segunda chamada do Sisu. “É a primeira vez que venho para o sul e que ficarei tão distante de casa. Espero me adaptar a tanta mudança. Com certeza esta experiência será muito importante para o meu futuro”, aponta. Do Norte para o SulMariana Albuquerque Veras, 27 anos, trocou Natal, no Rio Grande do Norte, pelo Sul. Matriculada no curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do Campus, ela espera obter um crescimento interno e um grande aprendizado durante as aulas. Apesar de já conhecer o Rio Grande do Sul, Mariana está apreensiva quanto clima no inverno. “Acho que vai ser o principal desafio”, admite. Em contrapartida, achou o povo bastante hospitaleiro. “A região é linda, com muito verde. Gostei do lugar. Resolvi arriscar e estou pagando para ver, cheia de expectativas positivas”, observa.De São PauloMudança radical também será a do jovem Phelipe Vilar, de São Paulo, capital. Disposto a trocar um cenário urbano, por uma paisagem bem mais tranquila, de interior, com a agricultura como carro-chefe, ele está ansioso para o início das aulas. “Mesmo morando num grande centro, sempre gostei de cuidar da natureza, de cultivar plantas e por isso optei por um curso nesta área”, garante. Apesar de ser a primeira vez que vai morar longe da família, o jovem acredita que suportará a saudade e as adversidades. Do ParáLuiz Filipe Arruda Maciel, de 19 anos, deixou Belém do Pará atraído pela oportunidade de se formar numa instituição federal. Ele foi aprovado no Campus Sertão para o curso de Agronomia. “A oportunidade de conhecer outra cultura, outro clima, é maravilhosa. Esta experiência de vida aliada a formação acadêmica é única e muito importante para a carreira”, ressalta.Cursos mais procuradosAlém do curso de Licenciatura em Ciências Agrícolas, a relação de cursos mais procurados é seguida por: Zootecnia, com 12,70 candidatos por vaga; Tecnologia em Agronegócio, 11,38; Agronomia, 9,90; e Tecnologia em Gestão Ambiental, 8,78.
Fonte: Redação O Nacional
Fotos: Assessoria de imprensa do IFRS - Campus Sertão

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