Policiais enfrentam simulação real de invasão no CAT SWAT


Do início da tarde desta quinta-feira até a madrugada de sexta-feira os policiais militares do 13º BPM participaram de treinamentos simulando situações reais de invasão a ambientes confinados. Durante o treino, os grupos invadiram uma casa abandonada onde outros policiais fazendo o papel de bandidos os aguardavam, armados com fuzis que disparavam bolas de paintball. Também precisaram libertar reféns em meio a explosões de bombas de fumaça, que provocavam um barulho ensurdecedor no ambiente fechado da casa, e aprenderam técnicas de invasão em locais de baixa luminosidade, entre elas, caminhar no escuro sem fazer barulho, distração de suspeitos e atuar com o uso de óculos de visão noturna.


Para deixar as condições do curso ainda mais difíceis, os 24 policiais que participam do CATI SWAT foram proibidos de comer pelo instrutor e sargento da Brigada Militar, Marcio Brum Torbes, único brigadiano a treinar o BOPE do Rio de Janeiro.


“Eles estão autorizados somente a beber água. Queremos chegar o mais perto das situações reais, com os policiais cansados, sem comer e sob tensão”, explica o sargento Torbes.


Hoje os policiais em treinamento participarão de simulações de intervenções em ônibus. A atividade está programada para acontecer às 14h, na Praça da Bandeira.


CATI SWAT
O CATI SWAT é uma empresa das únicas empresas do mundo que realiza treinamento corpo a corpo com policiais. O curso realizado em Erechim, Intervenção Tática Policial, tem por objetivo qualificar os policiais militares em ações de intervenções táticas, preparando-os em teoria e prática, para que sejam treinados, assimilando técnicas operacionais necessárias em sua rotina de trabalho.


A programação inclui aulas de Defesa Pessoal (imobilização, algemação e condução de detidos em diversas situações), Abordagem em veículo (Regras de segurança, fundamentos de tiro tático e posição de retenção), Formação Tática: (ação ordenada com vários números de agentes. SWAT, Israel e outros), Decisão de Tiro (Identificar, Decidir e Agir), Entradas Táticas (silenciosa, dinâmica, com baixa luminosidade, em escadas, corredores e utilização de espelho tático), Operações noturnas (silenciosa, dinâmica, em escadas, corredores, aproximação de área de combate), Planejamento tático (Avaliação, planejamento, estudo de croqui e distribuição de funções) e Avaliação e cumprimento de missão.


Instrutores

Marcio Brum Torbes é policial militar há 27 anos. Atualmente pertence ao BOE, Batalhão de Operações Especiais-RS. Já atuou como líder das operações de entradas táticas do GOTT; Batedor Motociclista Militar; segurança pessoal dos Corregedores e Desembargadores do TRE-RS; Investigador da Sessão de Inteligência da BM e integrante do primeiro grupo de PATAMO-RS.


Participou de vários cursos de aperfeiçoamento, dentre eles “Pistol Stress Course” pela GSG-9 (Alemanha) e SWAT (EUA). Aluno do curso superior de Segurança Pública e Privada pela ULBRA. Torbes está no CATI há 6 anos depois de feito o primeiro Tactical Training for SWAT em 2000, devido a sua alta capacidade técnica e tática e sendo constantemente elogiado pelos policiais da SWAT, Torbes passou imediatamente a líder geral em uns dois maiores treinamento da SWAT no Mundo.


Paulo César Lencina do Amaral (Líder geral da equipe do CATI), é policial militar a 17 anos. Pertence ao BOE, Batalhão de Operações Especiais desde o início de sua carreira, mas atualmente está cedido ao Gabinete do vice governador do Estado/RS como agente de segurança. Já atuou em diversas situações de ocorrências de alta complexidade como; reintegrações de posse, escolta de presos de alta periculosidade, retomada de reféns, invasões carcerárias e patrulhamento tático especial. Participou de vários cursos de aperfeiçoamento, dentre eles "COESP" (GATE/MG), "ATTP-Sniper" pelo Grupo Especial da Polícia da Aeronáutica (GEPA-RS), Pára-quedismo militar (BOE-RS), "ASSAULT" técnicas da HK, aluno do curso de direito na PUC/RS, entre outros. Atualmente, Amaral é o líder Geral do CATI nos treinamentos da SWAT, considerado um dos maiores deste nível no mundo.


Carlos Alberto Portolan é servidor do TJ/RS, ex-chefe da Segurança Presidencial (Fernando Henrique Cardoso). Possui em seu currículo cursos SWAT, GSG-9, FE e Comandos. Experiências profissionais: Agente de Segurança STJ e serviço de inteligência do EB e TJ/RS.

Texrto e fotos: Alan Dias/Voz Regional.

Comentários

  1. Tive a oportunidade de frequentar uma edição desse curso realizada em 2007, pago com recursos próprios. Traz boas reflexões e algumas novidades para o modelo policial brasileiro. As polícias gaúchas, não podemos esquecer, também tem um bom "know-how". Fico feliz que os colegas, excelentes profissionais, de nossa região estejam na busca contínua pelo aprimoramento. O poder de prestar um melhor serviço sempre passa pela aquisição de conhecimento, como dizia Freud: "Só o conhecimento traz o poder". Precisamos de uma nova legislação penal e de valorização salarial. A matéria está ótima! Parabéns!

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