Homem é morto por PM em Erechim

Silvino Michalski, 74 anos de idade, foi morto pela Brigada Militar na manhã desta sexta-feira, 17, no bairro Núcleos Funcionários da Cotrel em Erechim. De acordo com a BM a corporação foi acionada às 6h45min porque um homem estaria armado e fazendo ameaças na sua propriedade onde cultiva hortaliças em estufas. Ainda de acordo com a BM, no local, os policiais se depararam com o homem armado com um revólver – apurado mais tarde como sendo um 38 não registrado.

De acordo com a BM, depois de tentativas sem sucesso para dissuadir o homem a largar a arma, e se entregar, um policial militar teria tentado atingi-lo com um disparo de uma Taser – que imobiliza a pessoa atingida. Nesse instante, segundo a BM, o homem teria disparado três vezes contra o policial, levando seu colega, a efetuar um disparo de espingarda calibre 12 contra o homem que foi atingido no abdômen. Levado ao hospital – ele não resistiu e acabou morrendo. O local foi isolado para perícia do IGP de Passo Fundo. A BM abriu inquérito policial militar o mesmo ocorrendo com a polícia civil para esclarecer as circunstâncias da ocorrência que acabou na morte de Silvino Michalski.

O comandante do 13 BPM, Ten Cel Gilceu Antonio Souza, confirmou a abertura do inquérito policial militar. Todas as armas envolvidas no episódio foram recolhidas e disponibilizadas para perícia. O comandante do 13 BPM observou ainda que a arma Taser, usada inicialmente, só foi acionada após várias tentativas, sem sucesso, de convencimento do homem para largar o seu revólver entregar-se. A arma Taser teria chegado ao local, somente quando uma terceira viatura deslocou-se até o bairro, segundo o comandante do 13 BPM.

Familiares e pessoas que acompanharam o desfecho trágico, contestam a versão da polícia. Uma amiga da família e seu marido que acompanharam todo o desenrolar afirmam que houve excesso por parte dos policiais militares. Que após ele ser alvejado já estava morto, portanto a ambulância do Corpo de Bombeiros não poderia ter levado o corpo.

A filha do homem morto diz que irá processar o Estado do Rio Grande do Sul pelo excesso da Brigada Militar.

Segundo um familiar ele teria levado quatro tiros e não um como anunciou a Brigada Militar.

Crédito: Jornal Boa Vista Foto: Alan Dias/V. Regional