UFFS apresenta à comunidade os projetos pedagógicos dos cursos de Medicina


Com a presença do Secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, e o do representante do Ministério da Saúde, Carlos Eduaro Nery Paes, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) procedeu, nesta segunda-feira (24),  à apresentação dos projetos pedagógicos dos cursos de medicina a serem implantados na instituição, nos campi de Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS).
           
  Segundo o Reitor, Jaime Giolo, essa é uma solenidade ímpar na história da UFFS. “Estamos apresentando à comunidade os projetos pedagógicos dos cursos que são voltados para a própria comunidade, com a finalidade de complementar e avalizar nosso sonho de um curso de medicina público na região. Queremos que os projetos sejam fixados no coração e na cabeça das pessoas, esse é compromisso assumido pela UFFS e pelo seu entorno”, salientou. “As parcerias com as prefeituras, hospitais e centros de saúde também legitimam o processo. Assim que obtivermos um sinal positivo do MEC, iremos trabalhar com seriedade, qualidade e rapidez para a implantação e funcionamento dos cursos”, afirmou Giolo.
            Para o Secretário de Educação Superior do MEC, Amaro Lins, o seminário é uma consolidação de duas ações do governo federal. “Isso tudo começou com a expansão do ensino superior público para o interior do país, no ano de 2006. Não fosse essa política, nem estaríamos aqui hoje, com uma Universidade como a UFFS, promissora, que em apenas três anos de existência já pleiteia, com vigor e autoridade para tanto, dois cursos de medicina. O segundo ponto a ser ressaltado é o plano de expansão das vagas dos cursos de medicina pelo país. Isso requer compromisso da instituição e suporte da comunidade, pois é uma ação de parcerias, como vemos hoje aqui com a assinatura de convênios com hospitais e prefeituras. O que mais é grandioso nisso tudo é que, além de oportunizar ao jovem o ingresso em uma instituição pública federal, estaremos melhorando e investindo, também, na oferta de saúde pública a toda a população”, definiu Lins.
            O diretor-superintendente do Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre, Carlos Eduardo Nery Paes, participou do seminário representando o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Paes apresentou um panorama resumido do Sistema Único de Saúde, enfatizando a importância de novos cursos na área da saúde. “O SUS é um sistema de apenas 22 anos que já propicia um conjunto de mudanças aos brasileiros. Anualmente são realizados 500 milhões de atendimentos, cerca de 12 milhões de internações e 30 milhões de tratamentos quimioterápicos. São 120 milhões de brasileiros fazendo parte do SUS. Outro ganho do SUS é a redução da mortalidade infantil no Brasil, que caiu em 50% no último ano”, disse. “O desenho da população brasileira, que hoje agrega um número considerável de jovens entre 20 e 29 anos, requer um novo olhar para o sistema de saúde. Em alguns anos, teremos uma grande parte da população idosa, necessitando de tratamentos dos mais diversos, então, é preciso fortalecer a formação de médicos, voltada à saúde básica, pois hoje os profissionais não permanecem no sistema público. E essa mudança passa pelo desenvolvimento dos grandes centros regionais de saúde, é por isso que Passo Fundo e Chapecó foram contemplados. Faz parte do desafio de fixar os profissionais nos seus locais de origem”, finalizou Paes.
O trabalho das comissões
            As comissões de elaboração dos projetos iniciaram o trabalho no dia 28 de agosto, com prazo de trinta dias para envio dos projetos ao Ministério da Educação (MEC). Foram constituídas duas comissões, uma para trabalhar no projeto para o curso em Chapecó, presidida pela docente do curso de pedagogia da UFFS, Solange Maria Alves, e outra para trabalhar no projeto para Passo Fundo, que é presidida pela coordenadora do curso de enfermagem da UFFS, professora Alessandra Regina Muller Germani. Antes de serem apresentados no seminário, os projetos foram encaminhados à Pró-reitoria de Graduação, que procedeu à análise formal dos documentos.
Os projetos
            De acordo com as comissões, os projetos para os dois cursos foram pensados de forma articulada, em consonância com o art. 200 da Constituição Federal, que trata sobre a saúde, e, principalmente, com as diretrizes curriculares da saúde e do plano de expansão dos cursos de medicina proposto pelo MEC.
            O curso é baseado em quatro eixos, abordando a formação geral básica, formação institucional, humana e social e também a formação técnico-científica. A carga horária total é de 8270h, sendo a oferta em tempo integral, modalidade presencial e um curso do tipo bacharelado.
            Em miúdos, serão 4950h de componentes curriculares com aulas teórico-práticas; 3120h de estágio curricular obrigatório e 200h de atividades curriculares complementares.
Entidades parceiras
            Para consecução dos cursos, a UFFS firmou convênios com diversas entidades parceiras, como hospitais, secretarias e gerências de saúde municipais e estaduais.

Comentários