AGU e MDA antecipam que avaliarão nesta terça proposta da senadora Kátia Abreu para suspensão da certificação de georreferenciamento pelo Incra
O advogado geral da União, ministro 
Luis Adams, garantiu na tarde desta segunda-feira, à senadora Kátia Abreu, 
presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA ), que o governo federal deve avaliar nessa 
terça-feira, dia 30 de outubro, a proposta da parlamentar que trata de alteração 
dos critérios de certificação do georeferenciamento no Incra (Instituto Nacional 
de Colonização e Reforma Agrária). A senadora defende a 
obrigatoriedade do georreferenciamento, mas as certificações, ao invés de 100%, 
poderiam ser por amostragem.  A proposta será analisada por Adams e pelo 
ministro Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário.  Na semana passada, a 
CNA  já havia impetrado uma Ação 
Direta de Inconstitucionalidade (Adin), no Supremo Tribunal Federal, contra a 
obrigação da certificação, que tem implicações diretas nos 
municípios.
A 
ação questiona a aplicação do Decreto 7.620/2011. 
Segundo o decreto, o georreferenciamento só seria exigido para proprietários com 
menos de 500 
hectares  a partir de novembro de 2013. No entanto, para as 
propriedades que excedem essa extensão, a exigência  já está em vigor. No  parágrafo 5º 
está estabelecida  a competência do Incra para certificar as propriedades 
rurais. Só que o Incra não possui estrutura  burocrática adequada para 
certificar todos os imóveis rurais.
Há, em todo o País, cerca de 37 mil processos de 
certificação de georreferenciamento paralisados no Incra. No Tocantins, por 
exemplo, existem mais de 4 mil processos para certificação, sendo que apenas um 
terço desse volume está certificada. No Mato Grosso do Sul, foram certificados 
6  mil imóveis, mas existem outros 7 mil imóveis para certificação. No Mato 
Grosso, de 9 mil processos, pouco mais de 2 mil foram certificados pelo Incra. 
“Diante do elevado número de pedidos, decorrente da natural movimentação do 
mercado envolvendo os imóveis rurais, foi caracterizada a completa ausência de 
estrutura burocrática no Incra para dar vazão aos requerimentos”, diz a senadora 
Kátia Abreu. Segundo a Senadora, esse acúmulo passou a acarretar meses ou anos 
de demora na certificação, impedindo a realização de qualquer operação que exija 
a mudança no registro da propriedade. 
 
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