Falso advogado é liberado, mas volta a ser preso em Lages, na Serra Catarinense

Matéria postada no site do jornal Diário Catarinense http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/

Quinta-feira 25/10/2012 | 17h29Atualizada em 25/10/2012 | 17h58.

Vani Boza
Marcelo foi transferido na tarde desta quinta-feira para o presídio masculino de Lages Foto: Vani Boza / Agencia RBS


O homem preso como falso advogado na tarde de quarta-feira, em Lages, na Serra Catarinense, voltou a cair nas mãos da polícia. Marcelo Paitinger de Figueiredo, de 32 anos, havia sido detido por usar o nome de João Marcelo Mariense, advogado em Porto Alegre (RS), mas foi liberado ainda na quarta-feira. Mas na madrugada desta quinta, voltou a ser preso.

O delegado Raphael Bellinati explica que não pôde efetuar a prisão em flagrante na quarta-feira porque, segundo ele, falsa identidade é considerado crime leve e exercício ilegal da profissão é contravenção penal, com penas inferiores a dois anos. Porém, após a liberação de Marcelo, a polícia descobriu que na Comarca de Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul, ele já tinha três condenações por estelionato e um mandado de prisão em aberto, sendo que teria cumprido apenas uma parte da pena e era considerado foragido desde 2009.

Na madrugada desta quinta-feira a polícia efetuou a nova prisão de Marcelo, que agora ficará no Presídio Masculino de Lages à disposição da Comarca de Getúlio Vargas, que poderá transferi-lo a qualquer momento para o Rio Grande do Sul. O delegado disse ainda que, após a divulgação do caso pela imprensa, vários clientes de Marcelo foram até a delegacia para registrar boletins de ocorrência contra o falso advogado, e que agora um inquérito especial será aberto para investigar os crimes de estelionato e falsidade ideológica.

— Esse inquérito deverá, posteriormente, virar uma ação judicial que vai gerar mais pena. Somaremos as condenações e Marcelo deverá cumprir tudo no Rio Grande do Sul — afirmou o delegado.

Sobre os casos que Marcelo ganhou na justiça, o conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Menegotto, afirma que serão todos anulados. Além do caso de Lages, o suspeito tem mais 18 passagens pela polícia por vários outros crimes cometidos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Comentários