Dados preliminares apontam que Alto Uruguai pode ficar fora do traçado da Ferrovia Norte-Sul, alerta Tortelli

O deputado Altemir Tortelli (PT) participou na tarde desta sexta-feira (8) em Porto Alegre de uma audiência pública que tratou do traçado da Ferrovia Norte Sul no Estado. A audiência foi promovida pelas Comissões de Assuntos Municipais e de Economia e Desenvolvimento para debater a implementação da Ferrovia e a sua interligação ao Mercosul e ao projetado Corredor Bioceânico. Estiveram na audiência apresentando projeto o Gerente de Ferrovias da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Dr. Fábio Barbosa e o diretor de Operações da Valec, Bento José de Lima, além do presidente da Frente Parlamentar das ferrovias, deputado Raul Carrion, representantes de várias regiões, prefeitos e lideranças que acompanharam a apresentação da EPL e Valec dos dados preliminares sobre o projeto que vai definir o traçado. Os dados apresentados apontam para duas possibilidades do início do traçado no Estado. Uma delas contemplaria a região do Alto Uruguai, mas a que, pela apresentação, ganha força entraria mais a oeste do Estado (Frederico Westphalen até Cruz Alta). A proposta das empresas que é o traçado tenha diálogo com o Tronco Sul, ferrovia que vem de São Paulo e passa por Vacaria, Bento Gonçalves, Roca Sales, Montenegro, General Câmara, Porto Alegre e Rio Grande. “Precisamos debater mais sobre a entrada da ferrovia no estado. O traçado apresentado precisa ser mais discutido, já que a partir de Cruz Alta, existe um bom acúmulo de dados técnicos que embasam a proposta, mas a região do Alto Uruguai precisa ser contemplada pela Ferrovia”, lembra o deputado Tortelli, que é membro da Frente Parlamentar das Ferrovias. Erechim vem se mobilizando pelo traçado, e inclusive já constituiu uma comissão representativa composta por entidades empresariais, comerciais, Associação dos Municípios do Alto Uruguai (AMAU), movimentos sociais, sindicatos patronais e de trabalhadores do campo e da cidade, cooperativas, governo estadual e municipais, Universidade, vereadores, imprensa, Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), o deputado Tortelli e deputado federal Marco Maia. Carta de Porto Alegre Da audiência pública dessa sexta-feira e de outras 10 realizadas nas mais variadas regiões do Estado para tratar da extensão da Ferrovia Norte-Sul, desde o ano passado, foi elaborada a “Carta de Porto Alegre”, elencando, inicialmente, uma série de reivindicações e sugestões a serem encaminhadas ao governo federal e à presidenta Dilma Rousseff, através do governo gaúcho. Entre os pontos principais da Carta destacam-se, com relação à Ferrovia Norte-Sul (oeste catarinense-Porto de Rio Grande) duas alternativas em seu traçado: uma através de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Panambi, Cruz Alta (linha nova), Santa Maria (traçado existente), Cachoeira do Sul e, a partir deste ponto, se superpõe com o traçado da Tronco Sul. A segunda, através de Erechim, Getúlio Vargas, Passo Fundo (linha nova), Roca Sales (traçado existente), Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Rio Pardo e Rio Grande (linha nova, aproveitando o traçado do Tronco Sul). Com relação ao Tronco Sul (Mairinque-SP, Ponta Grossa-PR, Lages-SC, Vacaria, Bento Gonçalves, Roca Sales, Montenegro, General Câmara, Porto Alegre e Rio Grande), que tenha alteração no traçado proposto, de forma que, sem eliminar a ligação para Porto Alegre, seja incluída uma derivação a partir de Roca Sales, em direção aos municípios de Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Ainda, que a ligação com o porto de Rio Grande se dê a partir de um ponto da ferrovia entre Porto Alegre-Santa Maria, passando pela região central do Estado (Encruzilhada do Sul e Canguçu), até Pelotas e, a partir daí, utilizando o traçado existente de Pelotas a Rio Grande. A Carta de Porto Alegre também refere aspectos relacionados com a Ligação Mercosul e o Sistema do Oeste do Estado e Fronteira com o Uruguai. No que diz respeito ao governo do Estado, prevê a alocação de recursos e dados junto aos órgãos federais, para maior agilização dos estudos e projetos a serem desenvolvidos, além da elaboração do Plano Estadual de Logística, que iniciará nas próximas semanas, nesse sentido fazendo movimento político, visando sinergia nas ações pelas ferrovias no RS (troncos, ramais, outras benfeitorias e intermodalidade).

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