Floriano Peixoto realiza parada contra as drogas

Crianças e adolescentes na luta contra as drogas. O projeto “ Drogas, tô fora” encerrou as atividades na última semana com uma parada na cidade. As crianças e adolescentes percorreram as ruas distribuindo material informativo elaborado por eles sobre o que são as drogas, os principais tipos de substâncias, dando ênfase ao alcoolismo, um dos principais problemas do município. A parada contra as drogas foi a ultima etapa do projeto que passou por diversas atividades com crianças de 7 a 12 anos e adolescentes. Muitos jovens como Bruno de Oliveira, de 15 anos, admitem que sabem pouco sobre o assunto.” A gente até tem as palestras e tudo, mas não sabe muito, até porque não conhece as drogas”, disse.

Para saber mais sobre o assunto, eles assistiram a palestras sobre os tipos de drogas e as consequências que trazem e ao filme Diário de um Adolescente que mostra os diferentes estágios do vício, desde a dependência até a morte por overdose. Sheila Rogalski de 15 anos, diz que aprendeu muito no projeto. “Eu acho que ajuda e mostra mais, além do a gente já sabe. O que mais choca são as consequências, a dependência”.

Depois de receber as informações, as crianças fizeram desenhos sobre o tema e os adolescentes elaboraram textos e cartazes que serão expostos no dia 23 deste mês, no encerramento das atividades do Centro de Referência em Assistência Social, mantido pelo Município. O que eles mais destacaram foi a dependência do álcool, que consideram o maior problema do município. Os prejuízos que o álcool provoca, vão além da saúde de quem bebe, influenciam nos relacionamentos, rompem e destroem vínculos considera Luis Gustavo pena, de 15 anos. “ O jovem que vive uma experiência de alcoolismo na família geralmente opta por se afastar do álcool”. A psicologia do CRAS, Aline Bonez diz que os efeitos do álcool são tão devastadores sobre as famílias, que o maior trabalho que pode ser feito com os jovens é a prevenção para que o vicio não se repita. “Aqui em Floriano, o alcoolismo é um caso de saúde publica, muitas crianças que participam dos projetos sociais no CRAS vem de famílias que tem a presença do alcoolismo”, afirma a psicóloga. Para ela, o trabalho tem que começar com as crianças, que são as vitimas das consequências do álcool. “Elas sofrem na família, mas não entendem por que. Se não trabalharmos com as crianças, possivelmente, sem informação, elas tenderão a repetir esta dinâmica da familiar”.

O trabalho com os jovens também incluiu uma oficina de jardinagem, com o ajardinamento da praça ao lado do Centro de Convivência e a restauração dos enfeites natalinos que estão espalhados pela cidade. O trabalho foi proposto para mostrar aos jovens que eles podem se inserir mais na comunidade e que o trabalho comunitário pode ser de grande valia quando se trata de afastar crianças e adolescentes das drogas.


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