Capo-Erê - Assassino desenterrou a menina quando a chuva deixou a testa à vista

O corpo da menina foi achada por moradores junto a um milharal. (foto: Rodrigo Finardi.)
Depois que quase uma semana chega ao fim um dos crimes mais revoltantes que abalou a comunidade erechinense. A menina Patrícia Sosin de Oliveira, 9 anos, foi encontrada morta pelos próprios moradores por volta das 11h15min da manhã desta terça-feira, 3 de fevereiro.
Ela foi encontrada no meio do milharal uns 300 metros para dentro da estrada que dá acesso ao Distrito de Capo Erê em Erechim, poucos minutos depois que a Polícia tinha levado ao local o assassino confesso Marcos Antônio da Rosa.
A dificuldade pelas buscas se deu em função do milho estar alto, numa vasta área de plantação, com muita vegetação e declives. Equipes distintas vasculhavam locais diferentes, sem êxito. Marcos dizia ter jogado a menina num local onde casas poderiam ser vistas de longe. “Ela tá bem naquela baixada ali, eu não estou mentindo, não enterrei ela, apenas joguei”, dizia o assassino.
E o assassino tinha razão a corpo estava próximo do local que ele mostrou, nos fundos no mato onde foi encontrado na última sexta-feira, 30 de janeiro, o calção da menina enterrado. Já em avançado estado de decomposição com ferimentos no peito feito por uma faca e também no pescoço.
Segundo informações da polícia ela foi morta na quarta-feira, 28 de janeiro. O assassino a enterrou e como choveu na quinta-feira (29) ele voltou para o local e viu que a testa da menina estava aparecendo. Desenterrou o corpo e levou para outro local, onde apenas jogou o corpo no meio do milharal.
Marcos Antônio de Souza disse para a polícia que é usuário de drogas e na noite que matou a menina não tinha consumido nada, mas que estava “meio bêbado” já que tinha tomado uma caipira e uns goles de cachaça. E ainda que o seu estado não foi o motivador para o crime. Ele simplesmente disse que não gostava da menina.
Primeiramente o padrasto da menina disse que ela desapareceu na terça-feira, mas a polícia descarta essa hipótese. Patrícia teria desaparecido na quarta-feira, 28 de janeiro.
O depoimento do assassino será confrontado com a necropsia de corpo, já que ele afirmou que teria estuprado a menina antes de ser morta e depois quando a desenterrou.
Outra informação é que ele sustentou desde que foi preso que agiu sozinho e nesta manhã teria dito aos policiais que uma segunda pessoa teria o ajudado a enterrar a menina. Esta versão está sendo investigada pela polícia.
O velório e o enterro da menina será no distrito de Capo Erê e ainda não foi definido o horário pois o corpo foi encaminhando para o IML (Instituto Médico Legal) do Hospital de Caridade onde será feita a necropsia.
Nesta quarta-feira, às 9 horas da manhã está marcada uma coletiva de imprensa com a Delegacia Regional e o Defrec.



Por Rodrigo Finardi

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