Cervau realiza encontro no Tênis Clube Getuliense



     Criada há três meses - no dia 12 de abril -, a Associação dos Cervejeiros Artesanais do Alto Uruguai Gaúcho (Cervau) já aumentou seu quadro social, de 33 para 52 sócios, e realizou o terceiro encontro visando o aprimoramento da produção caseira.
     No último domingo (19), a Cervau reuniu seus associados para uma palestra com o engenheiro químico Maurício Coutinho Ferreira, presidente da Cerva Centro, de Santa Maria, associação que abrange municípios da região Centro do RS. Na oportunidade, ele falou sobre Malte e Mosturação. A principal dica do sommelier de cerveja, formado pelo Instituto da Cerveja do Brasil (ICB/Porto Alegre, 2014), é a busca constante pela melhor cerveja.
     Maurício Ferreira começou a produzir cerveja artesanal no final de 2011. Ele despertou seu interesse pela cerveja artesanal quando participou da Feira Nacional de Cervejas Internacionais, em Londres (2009). “A Feira mais importante do mundo nesse tema.” O sommelier lembra que malte é o primeiro produto que entra em contato com a água. E destaca os passos: malte e malteação; lúpulo e técnicas de lupulagem; leveduras e fermentação; correções de água.
     Com o objetivo de promover a cultura cervejeira, Maurício Ferreira ministra aulas na Universidade de Caxias do Sul (UCS), desenvolve o projeto de Extensão para Cervejeiros, ministra curso técnico de cervejeiro no Instituto Federal de Caxias do Sul (200 horas/aula) e é dono da Cervejaria e Escola La Comparsa, ministrando cursos no RS, SC e PR. Elogiou o trabalho da Cervau, que está desenvolvendo a cultura da cerveja artesanal de forma consciente.
     Dos associados da Cervau, dois já estão partindo para unidades de produção e comercialização. A associação reúne profissionais de outras áreas, todos com o mesmo gosto pela produção de cerveja. Os cervejeiros artesanais são de Barão de Cotegipe, Carazinho, Charrua, Erebango, Erechim, Estação, Getúlio Vargas, Faxinalzinho, Marau e Tapejara.
      Valmor José Bandiera, enólogo com mestrado em Biotecnologia Industrial e cervejeiro de Barão de Cotegipe, membro da Cervau, trabalha há 22 anos com bebida fermentada. Para o encontro em Getúlio Vargas, ele trouxe 140 litros de chopp artesanal. Bandiera já trabalhou para uma multinacional italiana, no segmento de biotecnologia voltada para bebidas, e foi um dos grandes incentivadores para a criação de um grupo voltado à produção de cerveja, aprimoramento técnico e degustação de cervejas artesanais (análise sensorial). 
      A Cervau foi fundada durante encontro em sua cervejaria, em Barão de Cotegipe. Os apreciadores de cerveja artesanal da região estavam em contato há mais ou menos 1,5 ano. No segundo encontro da Cervau, Valmor José Bandiera palestrou sobre “Detergência e Sanitização Industrial”. Ele tem realizado degustações periódicas, acompanhando a evolução dos cervejeiros da associação.
     Para ele, três indícios impor-tantes atestam a evolução da Cervau: o grupo tem sido assíduo em todos os encontros, trazem os amigos e o número de participantes da associação tem aumentado. “Todos vêm demonstrando aperfeiçoamento e nivelamento quanto aos termos técnicos, aquisição de insumos e informação sobre equipamentos”, conclui Bandiera.




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