Brasil e RS têm capacidade para aumentar área e produtividade do milho


O milho, segundo maior cultivo do Brasil e o terceiro do Rio Grande do Sul, perdendo apenas para a soja, está com área cultivada estagnada no País. A produtividade média de 91 sacas por hectare é considerada pouca, considerando que o Brasil tem possibilidades de ser exportador de milho, uma vez que o grão pode ser cultivado em todas as regiões. A avaliação é do professor doutor em Agronomia e consultor em Agronegócio, Elmar Luiz Floss, um dos palestrantes do 3º Fórum Norte Gaúcho do Milho realizado nesta sexta-feira (15/07), no Centro Comunitário Centenário, em Getúlio Vargas. 



O Brasil, segundo Floss, precisa aumentar a produção e produtividade do milho, mas ressalta também a falta de tecnologias de manejo. Já no Rio Grande do Sul, a área cultivada vem diminuindo a cada safra, apesar da produtividade ter aumentado. "Isso é um erro porque deixamos de agregar valor" explica. O palestrante destacou ainda a importância do grão na cadeia produtiva de aves e suínos.

Entre as recomendações para aumentar a produção e a produtividade observadas por Floss, estão à rotação de culturas, manejo correto, uso de tecnologia moderna, cobertura de solo, uso de híbridos de diferentes ciclos e sementes de qualidade. Outro fator importante, segundo ele, é o uso da palhada para conter a erosão do solo, ajudando na estruturação do mesmo. 

"Temos que olhar a propriedade como um sistema de produção", ressaltou ao comparar a produção do milho com outras culturas como a soja e o trigo. Também disse que o agricultor não deve se preocupar só com a produção e produtividade, mas também em evitar perdas na colheita. "O produtor deve colher o mais cedo possível e levar o grão para o secador. Desta maneira terá ganho em quantidade e qualidade".

Entre os principais fatores limitantes ao rendimento do milho exposto pelo palestrante estão a baixa densidade das plantas, falta de cobertura de solo, adubação nitrogenada abaixo do necessário, estiagens, salinidade devido ao potássio na linha e deficiência de zinco. Floss também chamou atenção dos prognósticos para ocorrência do fenômeno La Niña, que deve fazer com que chova menos no verão. Por isso, aconselhou plantar híbridos de diferentes ciclos.

Também palestraram o pesquisador do Laboratório de Entomologia da Embrapa Trigo, Paulo Roberto Valle da Silva Pereira, com foco no tema Manejo Integrado de Pragas (MIP); o economista da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e doutor em Economia, Antônio da Luz, que abordou o Mercado de Milho e perspectivas futuras; a meteorologista Ludmila Pochmann de Souza falou sobre o Tempo e Clima no Rio Grande do Sul; e o médico veterinário do Senar, João Augusto Telles, palestrou sobre Irrigação.

Participaram da abertura do evento o prefeito Pedro Paulo Prezzotto; o secretário municipal da Agricultura Ademar Rigon; o gerente regional e o supervisor da Emater/RS-Ascar, respectivamente, Nilton Cipriano Dutra de Souza e Paulo Edgar da Silva, entre outras lideranças ligadas ao setor. Na ocasião, o prefeito e o gerente da Emater/RS-Ascar agradeceram as parcerias envolvidas no evento e destacaram a importância da cultura do milho para Getúlio Vargas e região do Alto Uruguai.

FONTE:
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Erechim
Jornalista Terezinha Mariza Vilk

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