Alexandre Rossi, de Getúlio Vargas, participa do Mundial na China de Corrida Aventura

Alexandre Rossi, de Getúlio Vargas, pratica corrida de aventura há cerca de quatro anos.
Ele descobriu esse esporte por acaso, assistindo
a um documentário sobre a modalidade. Resolveu participar de uma prova, se
apaixonou e, desde então, tem se de-dicado
e se propôs a correr sempre provas cada
vez mais difíceis e mais longas.
Dentre os resultados mais expressivos, Rossi foi campeão e vice-campeão gaúcho (2013 e 2016, respectivamente) e campeão catarinense (2015). O título de vice-campeão gaúcho foi conquistado em três, das seis etapas realizadas. Ele participou das finais do Brasileiro em 2015 e em 2016 e da Copa América de Corrida Aventura em 2016.
No início, corria provas curtas, de 25 a 30 km, ligadas ao Campeonato Gaúcho. Hoje, chega ao patamar que todo corredor de aventura sonha: correr uma etapa do circuito mundial.


     Aos 26 anos de idade, Alexandre Rossi está a caminho da China para disputar uma prova de corrida aventura que faz parte do circuito mundial. O circuito Arws - Adventure Racing World Series - acontece ao redor do mundo e, esse ano, já foram disputadas provas na Nova Zelândia, Equador, Paraguai, Espanha e África do Sul. Serão realizadas mais duas etapas, na França e na China, antes da final nos Estados Unidos.
      A prova da China recebe o nome Xtrail Expedition e acontece na cidade de Altay, na província de Xinjiang, no noroeste da China, a poucos quilômetros da fronteira com a Mongólia, Rússia e Cazaquistão. O percurso será de 500 quilômetros e uma duração prevista de sete dias, de 3 a 10 de junho.
      O estilo da prova é expedição ‘non stop race’. “Temos que ser autossuficientes durante todo o percurso”, explica Alexandre. “Paramos quando acharmos conveniente. Se quisermos dormir, o faremos no mato”, complementa. O atleta esclarece que autossuficiente quer dizer que o competidor deve levar tudo o que precisa, desde alimentação, a roupas e equipamentos obrigatórios, como kit de primeiros socorros, bússola, mapa, faca, isqueiro, corda, lanternas, entre outros objetos.
  Durante a prova, os competidores deverão executar várias modalidades: trekking (caminhada/corrida), mountain bike (ciclismo off road), canoagem (em caiaques oceânicos), rafting, técnicas verticais (rapel e ascensão) e orientação terrestre.
Para participar, é obrigatória a formação de equipe em quartetos, sendo um do sexo oposto. Alexandre foi convidado para integrar a equipe catarinense Nossa Vida, que ficou em 2º lugar na etapa do Paraguai, já garan-tindo sua vaga para a final nos Estados Unidos. Junto com Alexandre estão o capitão Jonas Junckes, bicampeão brasileiro e com vasta experiência nas corridas de aventura, natural de Gaspar (SC); Aline Terezinha de Souza, de Florianópolis; e Daniel José Pincun, argentino e corredor experiente, integrante de uma das mais tradicionais equipes latinas, a Trail del Viento.

O convite

     O convite para Alexandre integrar a equipe foi feito por Jonas. Eles já se conheciam de outras provas, das quais algumas foram parceiros. “Nessa etapa da China juntamos força para conquistar nosso objetivo, que é terminar a prova sem corte”, comenta Rossi. A expectativa é de que seja uma prova muito dura, onde estarão disputando com profissionais. “Nós, por mais que estejamos fortes e preparados, somos amadores no esporte”, complementa o atleta.
     O circuito mundial está sendo disputado por equipes do mundo todo, reunindo americanos, europeus, neozelandeses e australianos, além das equipes da casa.

A viagem

     “A viagem para a China já é uma prova a parte”, avalia Rossi. Entre voos, ônibus e escalas serão mais de três dias até chegar ao destino. “Por mais cansativa que seja a viagem, vale a pena quando se trata de fazer algo que a gente gosta. Eu amo estar em movimento, seja viajando para algum lugar ou seja correndo aventura. Ambas nos tornam melhores.” Ainda para Alexandre, a corrida de aventura exige trabalho em equipe, humildade, força de vontade, dedicação e persistência. “A viagem abre nossos horizontes, nos desacomoda, nos permite vivenciar novas culturas e conhecer pessoas.”

Os desafios

     Entre os tantos desafios da prova, como sono, fome, frio e dores, ele acredita que o pensamento em desistir irá aparecer, mas a equipe precisa se motivar. “Vamos desejar nunca ter estado lá, mas também vamos implorar pela próxima.” Para Rossi, corrida de aventura é superação. “Por mais que eu tente descrever, só se explica na prática. Sou novato nessas provas longas. Mas, desde que comecei a correr aventura, sonho em correr uma etapa de mundial.” E esse dia chegou. “Passar dias correndo, remando e pedalando, atravessar montanhas, rios e desertos usando apenas nosso corpo como fonte de energia. Estou muito feliz por essa chance e darei o meu melhor para ajudar a equipe a cruzar a linha de chegada.”
     A prova poderá ser acompanhada pela internet, através do site xtrail.arworldseries.com.



Alexandre Rossi vai participar da prova de 500 km da Corrida de Aventura do mundial na China. Visto foi confirmado na manhã de quinta-feira (25)

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