Correio Riograndense: um século de história

Capuchinhos operando na tipografia
 São Miguel, em 1965
Foto: acervo Correio 
Riograndense / Divulgação

No ano de 2009 o semanário Correio Riograndense, editado e impresso na cidade de Caxias do Sul, comemorou cem anos. Em fevereiro de 2017 o periódico que era distribuído em todo o RS e diversos municípios de SC e PR por centenas de agentes, deixou de circular. Deste então seu conteúdo editorial passou a ser disponibilizado apenas na plataforma online (www.correioriograndense.com.br). As vinte páginas da última edição impressa foi dedicada à história do jornal.
         Quando o número um foi impresso e distribuído no final da primeira década do século passado o jornal se chamava La Libertá e pertencia a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Seu editor era o padre Carmine Fasulo, sacerdote diocesano, e escrito em italiano. Ameaçado de fechar o jornal foi adquirido pelo pároco de Garibaldi, para onde foi transferida a redação e as oficinas gráficas. Passou a se chamar Il Colono Italiano.
         Em 1917, quando o jornal e a tipografia são adquiridos pelo Frei Bruno de Gillonnay, seu nome é modificado para La Stafetta Riograndense. No ano de 1941, logo após o governo de Getúlio Vargas ter decretado a proibição impressão e publicação de jornais em língua estrangeira, muda novamente de nome. O Correio Riograndense permanece em Garibaldi até 1952, ano em que é transferida para Caxias do Sul e fundada a Editora São Miguel.
         Ao longo de sua existência o Correio Riograndense foi uma dos mais importantes veículos de comunicação impresso no RS. Através das editorias de política, rural, economia, religião, nacional, internacional, opinião, infantil, entre outras, seus leitores se mantinham atualizados. Marcou época a coluna Naneto Pipetta, escrito em talian, que resultou na edição de um livro. De igual modo da coluna Agente, registrando os aniversários dos que vendiam sua assinatura e realizam a entrega. Acima de tudo o CR foi um elo dos descendentes italianos.




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