Von Koseritz: o porta-voz da Colônia Alemã no RS

Monumento a Carlos Von Koseritz, localizado
no Cemitério Protestante de Porto Alegre.
Nascido a 07 de julho de 1830 na Alemanha Carlos Júlio Cristiano Adalberto Henrique Fernando Von Koseritz foi aluno do Colégio Philantrophium, em Dassau e fez parte da Armada e do Exército Germânico. Quando por questões política precisou fugir da Pomerânia tinha 21 anos e escolheu como destino o sul do Brasil.
Logo após se naturalizar brasileiro contraiu núpcias com Zeferina Barbosa, na cidade de Piratini. Apontado como o principal porta-voz da Colônia Alemã no RS, Von Koseritz dirigiu vários jornais: O Brado do Sul, O Noticiador. O Povo e O Ramalhete Riograndense. Em 1864, em Porto Alegre, fundou o jornal Neue Deutschezeitung escrito em alemão, com 12 páginas nos dias de semana e 24 aos domingos. Lançou em 1876 o jornal A Acácia, redigido em português e direcionado a leitores da maçonaria. Baseado na sua experiência publicou o trabalho Conselhos aos Emigrantes Alemães.
Além de sua verve jornalística integrou a Guarda Nacional com a patente de Capitão. Von Koseritz foi Membro Fundador do Partenon Literário, presidiu a Sociedade de Geografia de Porto Alegre, foi diretor honorário da Sociedade de Ginástica Alemã, Membro do Instituto de Geografia de Berlim, Sócio Correspondente do Instituto de Geografia de Dresden e Sócio da Freie Deutsche Hochschule, de Frankfurt.
Inspetor Geral das Colônias Alemães na Província do Rio Grande do Sul, Von Koseritz foi Diretor das Exposições Provinciais, desempenhando a mesma função em 1875. Presidiu a Exposição Brasileiro-Alemã realizada na Capital da Província. Jamais deixou de exercer o jornalismo tendo colaborado com a Gazeta de Porto Alegre, jornal do Comércio e Eco do Sul, da cidade portuária de Rio Grande.

Aos 53 anos foi eleito Deputado Provincial do RS. Sua veemente defesa a liberdade de comércio marcou época.  Seu trabalho em favor da integração levou o governo Imperial a conceder-lhe o título de Conde de Von Koseritz. Após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 foi preso, e acabou falecendo no cárcere.

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