Lançada a Escola AMAU de Educação e Gestão
Com o Anfiteatro da Prédio 3 da URI Erechim completamente lotado, a Associação de Municípios do Alto Uruguai realizou, nesta quinta-feira, 25 de agosto, o lançamento da Escola AMAU de Educação e Gestão. O evento contou com a presença de autoridades, prefeitos da região, assim como secretários municipais de Educação, Saúde e Assistência Social. Também presentes o diretor geral da URI Erechim, parceira e apoiadora do projeto, Paulo Giollo; a representante do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, Claudete Pituco; a Coordenadora da 15ª Coordenadoria Regional de Educação, Juliane Bonez; o Coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mario Ceron; representantes da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e do Centro Universitário Ideau (Unideau); o vice-presidente da Sicredi UniEstados, Luiz Carlos Caramori, entre outros. A solenidade contou com o descerramento de uma placa marcando a data histórica para toda a região e para a AMAU e a Aula Magna do Módulo 1, “Autismo e suas Especificidades - Acolhendo e Incluindo”.
Segundo o presidente da AMAU, o
prefeito de Getúlio Vargas Mauricio Soligo, a AMAU, enquanto entidade, está em
um momento ascendente. Vem se destacando e foi graças ao trabalho que vem realizando
é que surgiu a proposta da Escola AMAU de Educação e Gestão. Soligo falou que a
ideia surgiu durante a sua participação e do prefeito Beto Albuquerque em
Genebra, na Suíça, na Cúpula Mundial da Família, juntamente com outros
prefeitos do estado do Paraná, onde se trabalharam o Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) e foi criada a Universidade de Prefeitos. “Na
ocasião nós assumimos o compromisso de criar uma escola de educação e gestão.
Lançamos a ideia em uma reunião de diretoria e prontamente foi aprovada.
Chamamos o pessoal da Educação, a presidente do Conselho Municipal de Secretários Municipais de Educação da AMAU (Conseme
AMAU), Ducili Rochetti, que reuniu a equipe e estamos lançando hoje a
escola”.
Soligo falou que o primeiro tema é o
autismo em razão do aumento de casos em todos os municípios. “E nós como
prefeitos temos que dar uma resposta às demandas que surgem”, afirmou. Segundo
ele, serão trabalhadas duas questões: a qualificação dos servidores e o
trabalho com as famílias dos autistas. Explicou que o primeiro módulo terá uma
carga horária de 36 horas e que a Amau vai subsidiar as inscrições, que serão
limitadas. Ao finalizar sentenciou: “A Escola da Amau veio para ficar e para
facilitar a vida nos municípios”.
DESCERRAMENTO DA PLACA
O descerramento da placa comemorativa ao
ato foi feito pelo presidente da AMAU Mauricio Soligo; 1º Vice-presidente,
Nilton José Valentini; 2º Vice-presidente, Claiton dos Santos Brum; prefeito de
Erechim, Paulo Polis, município sede da Escola, diretor geral da URI Erechim,
Paulo Giollo, instituição de ensino parceira e apoiadora do projeto; e a
representante do TCE, Claudete Pituco.
Em seguida, foi passada a palavra para a
secretária de Educação e Cultura do município de Barão de Cotegipe e presidente
do Conselho Municipal de Secretários Municipais de Educação da AMAU (Conseme),
Ducili Rochetti, uma das coordenadoras do projeto, que explanou sobre a Escola,
especialmente sobre o Módulo “Autismo e suas Especificidades - Acolhendo e
Incluindo”. Ela falou das profissionais que foram buscadas para integrarem o
corpo docente e trazer para a formação questões práticas e os encaminhamentos necessários
visando criar um futuro melhor para as crianças. Em seguida foi reproduzido um
vídeo de sensibilização: “Autismo uma realidade”.
O diretor
geral da URI Erechim, Paulo Giollo, falou que como universidade comunitária
sempre apoiou as boas iniciativas, e não poderia deixar de apoiar a Escola Amau
de Educação e Gestão. “Inicialmente com espaço, mas também poderemos auxiliar
com professores e experiências, uma vez que a URI tem, há muito tempo, um trabalho
de inclusão” afirmou. Giollo lembrou da presença da URI em Erechim há mais de
50 anos, afirmando que a instituição tem um compromisso: “ajudar no
desenvolvimento da região, no desenvolvimento dos jovens e das famílias”.
AULA
MAGNA
A Aula Magna com o tema “Autismo e suas
especificidades – Acolhendo e Incluindo” foi ministrada pelas profissionais: a fonoaudióloga
pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Pós-Graduada em ABA -
Análise do Comportamento Aplicada, Susan Renata Stroiek; a psicóloga
Especialista em Autismo, Mestre em Psicologia Clínica com ênfase em Autismo,
Marciele Ana Devaliere; e a psicopedagoga Clínica Especialista em Autismo,
Neiva Gorete Sabedot.
Elas abordaram o Transtorno do Espectro
do Autismo (TEA) de uma forma simples e didática, informando que a prevalência
do autismo no mundo, segundo pesquisa norte-americana, é de 1 para 30. Segundo
elas, o autismo não é doença, mas um deficiência que se reflete na forma como a
pessoa vive e se relaciona com o mundo. “Autismo não tem cura, se compreende”,
enfatizaram. Conforme falaram, o autismo é um transtorno no
desenvolvimento neurológico que gera alterações na capacidade de se relacionar
com as pessoas e com o ambiente, trazendo prejuízos significativos: na comunicação, dificuldade ou ausência de
interação social e mudanças no comportamento.
Elas falaram que já no primeiro ano de
vida é possível detectar alguns sinais como ausência de contato visual,
ausência de balbucio, fala e gestos sociais, não responder pelo nome quando
chamado, pouco interesse em compartilhar objetos, falta de reciprocidade social
e dificuldades sensoriais. Desde os primeiros meses de vida os sinais de TEA já
podem ser percebidos. No entanto, muitas crianças ainda são diagnosticadas
tardiamente, seja por desinformação ou resistência da família e dos médicos. De
acordo com as profissionais, existem métodos que estabelecem critérios que facilitam
o diagnóstico precoce e o tratamento. “Não existem exames que confirmem o
autismo, sendo esse um diagnóstico totalmente clínico feito pela aplicação de
protocolos específicos e pela observação da criança”, relataram. Elas também destacaram
a importância do papel dos professores, como fundamental para auxiliar na
identificação de sinais que possam indicar o autismo.
Elas reforçaram que a criança
diagnosticada com TEA necessitará de atendimento especializado/estimulação
precoce e que o tratamento intensivo é fundamental para garantir qualidade de
vida para a criança e melhores chances de desenvolvimento. Ao finalizarem
afirmaram que o objetivo desse magnífico projeto da AMAU é chamar a atenção
para esse tema, cada vez mais presente em nossa sociedade. “Capacitar as
equipes na identificação dos sinais para garantir diagnóstico e tratamento
corretos e principalmente promover o que é de direito de todos: igualdade,
respeito e inclusão”, concluíram.
O evento encerrou com um marcante e
emocionante depoimento de uma mãe com um filho autista: Rejane Lazarotto. Ela
elogiou a iniciativa da AMAU afirmando como necessária e importante para os
autistas e suas famílias.
INSCRIÇÕES
O 1º Módulo com o tema “Autismo e suas
Especificidades - Acolhendo e Incluindo” terá uma carga horária de 36 horas e
as inscrições iniciam no dia 26 de agosto, na AMAU, com vagas limitadas. O
curso é gratuito e as aulas serão ministradas na URI Erechim, a partir de 16 de
setembro, com início às 14h e término às 20h.
O público-alvo está direcionado para
profissionais da educação (diretores, coordenadores, professores,
fonoaudiólogas escolares, psicólogas escolares, assistentes sociais escolares)
da educação infantil e ensino fundamental anos iniciais.
As inscrições podem ser feitas pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd__QjiFcX_9tbhl0OSEpFJy7WcXQjFD6PTEifrjeV8Ke_29w/viewform
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