Santa Clara promove Encontro de prefeitos buscando incentivos a produtores de Leite
O
Encontro de prefeitos e secretários municipais da Agricultura reuniu 117
convidados para debater legislações específicas em benefício aos produtores de
leite. Promovido pela Santa Clara, o encontro teve o objetivo de fomentar mais
incentivos aos produtores de leite nos municípios onde a Cooperativa está
presente com captação de leite na quarta-feira, dia 14.
Estiveram
presentes representantes de 52 municípios, no evento que aconteceu no Memorial
Santa Clara. A abertura foi feita pelo presidente da Cooperativa, Rogerio Bruno
Sauthier, que ressaltou a importância do encontro para debater melhorias para a
produção primária e especialmente a troca de experiências. O prefeito de Carlos
Barbosa, Fernando Xavier da Silva, também se pronunciou na abertura, ressaltando
a importância do encontro para congregar ideias em prol da atividade
leiteira.
Na
sequência, o gerente do Departamento de Política Leiteira, João Seibel, fez um
relato das apresentações que se seguiriam e da simplicidade das legislações
escolhidas como case, de fácil aplicação pelos municípios e que apresentam
resultados efetivos.
Apresentando
a Cooperativa Santa Clara em seus 101 anos de atuação, o diretor Alexandre
Guerra ressaltou os programas instituídos pela própria cooperativa em benefício
dos produtores, como cursos profissionalizantes, financiamentos para salas de
ordenha e resfriadores e também a disposição de 81 profissionais entre
veterinários, técnicos agrícolas, agrônomos e inseminadores à disposição dos
associados.
LEIS
O
primeiro a apresentar seu Programa de Impulsão Agropecuária foi o prefeito de
Fagundes Varela, Jean Fernando Sottili. O município possui 2.579 habitantes e
70% de seu PIB vem da agropecuária e o leite o segundo maior responsável por
arrecadação no município. O enfoque principal da apresentação foi em torno dos
benefícios para os que optarem pela construção de salas de ordenha, auxiliando
na obra com R$ 400,00 por box construído.
A
instituição da Lei 1.384, em 2009, já beneficiou a construção de 30 salas de
ordenha e outras cinco que estão em construção. “Nossa visão é que a saúde e a
qualidade de vida do trabalhador é essencial. Dos 30 que fizeram a sala de
ordenha, nenhum se arrependeu. Pelo contrário, afirmam que não deixaram a
produção de leite porque fizeram a obra”, complementou o
prefeito.
A
Lei Municipal 1.107/2013, recém implantado em Protásio Alves, discorre sobre
controle e erradicação da brucelose e tuberculose bovina. O programa prevê a
aquisição de materiais para testes, de transporte dos animais infectados e
também do laboratório de processamento das análises. O Município também contatou
a Fundesa, a fim de garantir a indenização para os casos de testes
positivos.
A
apresentação foi realizada pelo prefeito de Protásio Alves, Jusandro Bortolon,
que destacou o fato a cidade ter apenas 2.000 habitantes e destes 85% dependerem
da agricultura, sendo 88 propriedades leiteiras, e por este motivo tornar-se
inviável fazer um trabalho apenas de conscientização e ainda cobrar os testes
dos produtores. “Percebemos que estávamos fazendo um trabalho de melhoramento
genético, comprando sêmen de qualidade, mas investindo em um animal doente. Em
função de todos os casos positivos do município precisávamos fazer alguma coisa.
O objetivo do programa é custo zero para o produtor”,
explicou.
Encerrando
as apresentações, o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, falou
sobre o Plano de Estímulo ao Desenvolvimento Agropecuário, regido pela Lei
2.247/2009, enfocando especialmente o incentivo ao uso de sêmen de touros
provados para a reprodução do rebanho bovino do município, promovendo assim a
melhoria genética do rebanho e realização de registros e do controle leiteiro
oficial. A Lei prevê ressarcimento de R$ 8,00 a R$ 30,00 por dose de sêmen
utilizada, progressivo de acordo com o custo do sêmen escolhido, prevendo ainda
mais um benefício de 50% aos produtores que utilizam o Sistema de Controle
Leiteiro para gerenciamento de suas propriedades, com piso de R$ 12,00 e teto de
R$ 45,00, estimulando a prática e a utilização de sêmens melhores. São
subsidiadas duas doses de sêmen por vaca a cada onze
meses.
“Nosso
programa é semelhante ao de muitas prefeituras. O que o diferencia é a
liberdade. Pode comprar da empresa que quiser, de qualquer lugar do mundo. Em
2012 foi gasto R$ 178.110,99 pelos produtores e a prefeitura investiu R$
67.724,79. Em 2013, até agora, R$ 131.957,10 e nós já pagamos R$ 48.439,80. Um
dinheiro muito bem investido. Não é a sofisticação que faz o programa funcionar,
é a simplicidade. Quanto mais fácil o acesso das pessoas para as quais se dirige
o processo, aí está o mérito do programa”, colocou o prefeito
Xavier.
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